Quer ser tutor de uma tartaruga? Saiba como adquirir de forma legal e os cuidados necessários

por Redação

Um dos animais mais queridos para ter em casa, além de gatos, coelhos e cachorros, são as tartarugas. Nesta terça-feira (23), em que é celebrado o Dia da Tartaruga, o RPet conversa com especialistas em animais silvestres, que explicam os principais cuidados e as informações essenciais para quem decidir criar um réptil dessa espécie.

Rodrigo Ferreira, veterinário da clínica ExotiCare, logo avisa que as tartarugas são bichos que devem ser comprados de forma legalizada, apenas em criadores e lojas especializadas, autorizadas pelo Ibama e pelos órgãos responsáveis de cada estado. “Hoje em dia, dificilmente, são encontrados animais legalizados para doação. Quando doados, em sua grande maioria, são animais ilegais, ou seja, sem documentação que comprove sua origem legal”.

“Se for adotar uma tartaruga, procure saber se ela tem documentação pertinente, como nota fiscal, que comprove sua origem, onde conste sua espécie — nome popular e nome científico —, e microchip de identificação. Uma vez que o animal seja adquirido de forma ilegal, não há nenhuma forma de legalizá-lo”, orienta.

O veterinário conta que existem duas espécies que se tornaram comuns na casa dos brasileiros, a jabuti-piranga e o cágado, que é popularmente conhecido como tigre-d’água. “Algumas espécies podem viver mais de 70 anos”.

Dicas sobre o ambiente

De acordo com o veterinário Igor Magno, da clínica Dr. Selvagem, o ambiente correto para criar tartarugas é onde haja boa luminosidade. “Mas não pode ter uma barreira, como vidro, filtrando a radiação ultra-violeta, que elas precisam para a boa calcificação e o processo de postura de ovos. O tutor que não tem essa opção deve colocar o animal pelo menos 20 minutos diários em luz direta, pode até ser mormaço, não precisa ser sol. Tem que tomar cuidado nesse processo porque elas podem desidratar, então, sempre é recomendável deixar um pote de água. Os horários ideais são o sol das 9h e/ou após as 15h.”, ensina.

Rodrigo complementa que há lâmpadas específicas para répteis, que emitem UVB. “Sem o sol e sem a lâmpada, o animal tende a desenvolver problemas de saúde e ficar descalficado, com deformidade em vários ossos, incluindo o casco.”

Já para tartarugas marinhas, é importante um aquário ou um lago espaçoso, já que costumam crescer muito, com temperatura entre 25ºC e 35ºC. “Sempre manter o local limpo, com um filtro no aquário”, completa Igor.

O que esses animais comem?
Segundo Rodrigo, a alimentação das tartarugas vai variar de acordo com a espécie. “A maioria é onívora, come tanto matéria vegetal, quanto proteína animal. Ainda assim, os jabutis tendem a comer muito mais vegetais, enquanto os cágados, incluindo o tigre-d’água, comem mais proteína animal. O tutor deve ser orientado por um veterinário acerca da dieta de cada animal, para evitar problemas de saúde”, informa.

Igor também lembra que existem algumas rações próprias para as tartarugas. “Mas se ela vive em um grande lago e tem a oportunidade de ter alface-d’água [uma espécie de planta aquática também usada em aquários], por exemplo, elas acabam se alimentando muito disso”, completa.

Fonte: r7

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