Os sinais estavam evidentes.
Algo acontecia com Richarlison.
E indo muito além do jejum de cinco jogos na seleção.
Apenas três gols na temporada 2022/2023 pelo Tottenham, que pagou 60 milhões de libras, cerca de R$ 370 milhões, para tirá-lo do Everton.
Além do fraco futebol, sem confiança, afobado, o capixaba desabou ao ser substituído na goleada do Brasil contra a Bolívia. Chorou no banco de reservas.
E nesta madrugada, após a vitória contra o Peru, ele desabafou na zona mista, falando para a imprensa brasileira, na saída dos jogadores no estádio Monumental, em Lima.
Revelou que vai procurar auxílio psicológico para buscar voltar a jogar o ótimo futebol que o fez titular da seleção e atuar em um grande clube europeu.
“Vou voltar para a Inglaterra, buscar ajuda psicológica, de um psicólogo, para trabalhar a mente. É isso, voltar mais forte.
“Creio que vou estar na próxima [convocação], vou trabalhar para isso. É pegar uma sequência boa no Tottenham, essa semana vou sentar, conversar com eles, preciso de uma sequência boa, pegar ritmo de jogo e chegar aqui bem.”
Richarlison deixou claro que tinha sérios problemas fora de campo. Ele rompeu com seu empresário Renato Velasco.
“Passei por um momento turbulento nesses últimos cinco meses fora de campo. Agora as coisas já estão certas dentro de casa.
“Pessoas que só estavam de olho no meu dinheiro saíram de perto de mim. Agora as coisas vão começar a fluir, tenho certeza que vou pegar uma sequência boa no Tottenham e fazer as coisas acontecer novamente”, garantiu.
E fez questão de enfatizar que o choro ao ser substituído contra a Bolívia não foi de tristeza. Mas um desabafo contra o que vivia.
“Aquele momento triste não foi nem por ter jogado mal, a meu ver não fiz má partida em Belém, foi mais um desabafo pelas coisas que vinham acontecendo fora de campo, que fugiram do controle não da minha parte, mas de pessoas que estavam perto de mim.”
Fernando Diniz é psicólogo formado.
Mas, mesmo com as dificuldades que Richarlison vivia, resolveu dar nova chance ao jogador, que havia atuado muito mal contra a Bolívia.
E contra o Peru também não rendeu.
Os próximos jogos do Brasil nas Eliminatórias acontecerão no mês que vem, contra a Venezuela e o Uruguai.
O psicólogo que Richarlison contratar terá apenas um mês para tratar o artilheiro brasileiro.
Caberá a Diniz avaliar se dará nova prova de confiança ao jogador.
Ou o preservará para 2024.
“Dentro de campo sou um cara feliz, de equipe, tento ajudar o máximo possível. Às vezes, as coisas não acontecem do jeito que a gente quer. Creio que essa parte é um pouco do lado extracampo que acabou me atrapalhando. Mesmo você querendo fazer as coisas certo, acaba dando errado. Vou continuar focado no clube, a tempestade já passou”, jura o jogador.
O treinador da seleção confia muito em Richarlison.
Influenciado por sua vida extracampo ou não, ele não merece ser chamado para a seleção, pelo momento atual, dentro do gramado.
Resposta, só em outubro…
Fonte: r7