Trabalhadores da Caoa Chery protestam em frente ao Consulado da China

por Redação

O Consulado da China em São Paulo foi ponto de manifestação, nesta quinta-feira (26). Trabalhadores da Caoa Chery, de Jacareí, estão em luta contra a demissão em massa e o fechamento da fábrica anunciados pela montadora. Também participaram do ato metalúrgicos da MWL, de Caçapava, que estão com os salários atrasados. As duas fábricas são de capital chinês.

As fotos da manifestação em alta resolução poderão ser acessadas por volta das 14h, no site sindmetalsjc.org.br/fotos-para-imprensa.

Organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, os manifestantes saíram em passeata, por volta das 10 horas, entre o Masp, na Avenida Paulista, e o Consulado, na Rua Estados Unidos. Cerca de 200 pessoas participaram do ato, levando faixas e cartazes em defesa dos empregos e direitos. 

Apesar de se tratar de uma manifestação pacífica, a Polícia Militar esteve no local, e os portões do Consulado foram fechados quando os manifestantes chegaram. 

O Sindicato pretendia protocolar duas cartas no Consulado, reivindicando o agendamento de uma reunião para discutir os problemas enfrentados pelos funcionários das duas empresas. 

Também estava na pauta de reivindicações que o Consulado cobre a responsabilidade social da Caoa Chery e MWL em relação aos trabalhadores e às cidades onde estão instaladas. 

“O fato de não nos receberem gera mais revolta. Isso aumenta a mobilização e vamos continuar fazendo a nossa luta. Mais uma vez, mostramos que somos a resistência do movimento operário”, disse o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves. 

Os metalúrgicos da MWL estão em greve desde o dia 6, em razão do atraso no pagamento dos salários. Até agora, não receberam os vencimentos do dia 5. A empresa produz rodas e eixos para o setor ferroviário e tem um longo histórico de desrespeito aos direitos trabalhistas.

Já a Caoa Chery anunciou o fechamento da planta de Jacareí no começo do mês. Desde então, o Sindicato tenta negociar com a empresa a manutenção dos empregos e da fábrica na cidade. Porém, a montadora voltou atrás no acordo de layoff com estabilidade e também não avançou em negociações mediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

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