Funcionários de empresas terceirizadas do setor do pátio de manobras, do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (3), contra a decisão conjunta da Polícia Federal e Receita Federal que proibiu o uso do telefone celular na área do pátio de manobras, durante o período de trabalho dos colaboradores.
Os trabalhadores ainda informaram que a administração do aeroporto de Guarulhos não forneceu nenhum tipo de comunicação ou alternativa para os colaboradores, caso precisem entrar em contato com familiares, por exemplo.
A manifestação não teve cunho sindical e foi promovida de maneira voluntária pelos prestadores de serviço. Dezenas de pessoas lotaram o saguão do terminal 2, em protesto a decisão de restrição do aparelho celular.
A decisão de proibir o uso dos celulares e outros equipamentos de captura de imagens aconteceu no início de junho. Nas áreas proibidas, como no Terminal de Cargas, a captação de imagens, exclusivamente de interesse comercial, poderá ser autorizada pelo órgão e acompanhada por um funcionário da GRU Airport, concessionária responsável pela administração do aeroporto.
Em nota, a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, informa que, devido paralisação de parte dos trabalhadores terceirizados e à greve do Metrô e CPTM, a concessionária acionou uma operação em contingência conforme protocolo pré-definido orienta que os passageiros procurarem as companhias aéreas para informações sobre status dos voos.
Proibição do uso do celular
A proibição do uso dos celulares ocorreu após o caso das brasileiras Kátyna Baia e Jeanne Paolini, que ficaram presas injustamente em Frankfurt, na Alemanha, por quase 40 dias.
Em março, Kátyna e Jeanne foram presas injustamente por tráfico de drogas na Alemanha, após terem as malas trocadas no aeroporto de Guarulhos por funcionários terceirizados.
A Polícia Federal realizou, em maio, uma operação contra a quadrilha que retirava a etiqueta das malas de passageiros inocentes e colava o papel em outras bagagens com drogas, que seriam posteriormente, enviadas ao exterior.
Fonte: r7