65% das empresas entrevistadas contam com até 30% dos cargos ocupados por mulheres. 27% das empresas não contam com mulheres em cargos de liderança e 25% não possuem mulheres negras.
Ao longo dos últimos anos as mulheres têm assumido o protagonismo no mundo corporativo, embora com exemplos de liderança feminina sendo cada vez mais compartilhados, há muito que evoluir quanto a posição de mulheres e principalmente das mães em cargos de liderança.
A representatividade feminina é sempre um tema abrangente que gera muitos debates e é uma forma de estimular cada vez mais mulheres a se encontrar e principalmente se posicionar diante do ambiente corporativo e da sociedade.
Pensando nisso, A TRIWI (www.triwi.com.br), consultoria em Marketing Digital, apresenta uma pesquisa exclusiva sobre o “Protagonismo das mulheres nas empresas”, realizada entre os dias 22 de fevereiro a 22 de março de 2022 onde foram entrevistadas 21.435 empresas em todo o Brasil.Com o intuito de compreender a representatividade das mulheres e das mães no meio corporativo.
Questionamos sobre a existência de mulheres negras em cargos de chefia, assim como mulheres com deficiência. Levantamos dados sobre o grau de instrução, além do espaço para mães no quadro de funcionários, entre outras.“Mesmo com o avanço de mulheres alcançando cargos executivos e de liderança nas empresas, nos últimos anos percebemos uma queda no número de mulheres que são mães ocupando esses cargos nas empresas”. Comenta Sabrina Benatti, Gerente de Marketing da TRIWI.
Dados apurados mostram que as mulheres ainda estão em desvantagem no mercado de trabalho, mesmo sendo a maioria, a nível populacional.
A pesquisa abordou todo o Brasil, sendo: 52,4% das empresas entrevistadas do Sudeste, 18,3% do Sul, 5,6% do Centro Oeste, 8% do Norte e 15,7% do Nordeste.
Quanto ao segmento das empresas, 42,2% são do setor de Serviço, 33.9% Indústria, 10,4% Comércio, 5,3% do setor de Agronegócio e 8,2% de Tecnologia.
O percentual de mulheres nas empresas ainda é baixo, em pesquisa realizada em 2020, as empresas contavam com 27% das mulheres ocupando mais de 50% dos cargos nas empresas. Em 2022 esse número caiu para 18%.
Outro dado preocupante é o fato das mulheres ocuparem mais cargos operacionais do que cargos que envolvam liderança. A pesquisa aponta que 35% das empresas contam com até 10% dos cargos de liderança ocupados por mulheres e 30% não contam com nenhuma mulher na gestão. A maioria das empresas entrevistadas não contam com a maioria das mulheres em cargos de gestão.
Este dado comprova a realidade do mercado de trabalho e a necessidade das empresas em ter políticas mais eficazes quanto ao protagonismo das mulheres.
Quando perguntado sobre o percentual de mulheres negras na empresa, a pesquisa registra que 25,10% das empresas entrevistadas não contam com mulheres negras representadas no quadro de colaboradores. Sendo que 45% das empresas contam com apenas 10% do quadro composto por mulheres negras. Na pesquisa podemos notar que a participação das mulheres negras no mercado de trabalho ainda é pequena. Outro dado alarmante aponta que 68% das empresas entrevistadas não contam com colaboradoras mulheres com alguma deficiência física no quadro.
No Brasil, a participação das mulheres que são mães nas empresas, ainda é retraída.
Sobre mães no mercado de trabalho, a pesquisa indica que 78% das empresas possuem até 30% do quadro de funcionários mulheres mães.
“O que percebemos hoje é que a sociedade no geral não abraça a mulher quando a mesma se torna mãe, talvez por uma questão cultural e até ultrapassada as mães são olhadas de uma maneira muito cruel, sendo incapacitada ou sem habilidade para ser mãe e conciliar o trabalho, ocupando cargos e mesas de conselho”. Destaca Sabrina Benatti.
A pesquisa ainda confirmou que 64% das empresas entrevistadas as mulheres ganham menos que os homens. Apenas em 8% das empresas as mulheres ganham mais que os homens e em 28% das empresas as mulheres ganham igual aos homens.
Sobre se as empresas possuem algum canal exclusivo de denúncias relativas a assédio. Tivemos um avanço em relação a pesquisa feita em 2020, mostrando que 15% possuem um canal de denúncia, contra 9% referente à pesquisa passada. O número ainda é pouco, mas mostra uma evolução neste sentido.
Apesar do cenário ser ainda muito desfavorável à mulher, quanto ao mercado de trabalho, a pesquisa mostra que o nível de escolaridade das mulheres nas empresas permanece em disparada, com 89% das empresas entrevistadas contam com mulheres com ensino superior ou acima.
A entrevista abordou empresas de todos os portes, 17% até nove funcionários, 19% das empresas entrevistadas contam com 10 a 49 funcionários, 23% entre 50 a 99 funcionários e 40% acima de 100 colaboradores. Entre a faixa etária, a maior fatia ficou com 72% de mulheres com até 40 anos de idade.