Um motorista de um Porsche bateu na traseira de um Renault Sandero na madrugada de domingo (31), matou o condutor do veículo na Zona Leste de São Paulo e fugiu. Ele é procurado pela polícia.
Confira abaixo o que já se sabe sobre o caso:
Onde ocorreu o acidente
Quem era o motorista do Porsche
Quem são as vítimas do acidente
Como ocorreu a fuga
Como estão as investigações
Onde ocorreu o acidente
A batida aconteceu por volta das 2h20 do domingo de Páscoa (31), na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé.
Duas testemunhas da batida, um homem e uma mulher, contaram à polícia que estavam dentro de outro veículo quando viram o Porsche fazer uma ultrapassagem em alta velocidade, “perdendo o controle” e atingindo a traseira do Sandero.
Segundo elas, o carro de luxo estava em velocidade acima do permitido para a via, que é de 50 km/h.
Quem era o motorista do Porsche
O autor do acidente foi identificado como Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, estudante de engenharia civil na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
Ele dirigia um Porsche azul 911 Carrera GTS, ano 2023, registrado em seu nome. O veículo está avaliado em mais de R$ 1 milhão.
O g1 e a TV Globo tentaram contato com o motorista, seus familiares e representantes legais, mas não obteve nenhum retorno até a última atualização desta reportagem.
Quem são as vítimas do acidente
A batida deixou uma pessoa morta e outra ferida.
A vítima morta foi o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ele dirigia um Renault Sandero branco, de 2017, que ficou praticamente destruído com a batida. O homem chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no Hospital Municipal do Tatuapé.
Segundo o boletim de ocorrência, um jovem de 22 anos que estava como carona no Porsche ficou ferido e foi encaminhado para um hospital da região. Seu estado de saúde é desconhecido.
Como ocorreu a fuga
Após a batida, o motorista de 24 anos teria fugido. De acordo com o boletim de ocorrência, elaborado no 30º Distrito Policial – Tatuapé, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe de Fernando, apareceu no local do acidente e afirmou aos policiais que levaria o filho ao Hospital São Luiz do Ibirapuera, na Zona Sul, uma vez que o rapaz apresentava um ferimento na boca. Segundo testemunhas e policiais ouvidos pela reportagem, nesse momento os agentes liberaram Fernando para ir com a mulher até uma unidade de saúde.
Porém, ao procurá-los no hospital para coletar o depoimento do motorista e realizar um teste de bafômetro, os policiais foram informados pela equipe da recepção que ele não deu entrada na unidade.
Os PMs afirmaram ter tentado localizá-los por telefone, mas nem o rapaz nem Daniela atenderam as ligações. Eles também não conseguiram contatar o advogado indicado pela mulher. Por esse motivo, os agentes consideram que Fernando fugiu do local do acidente.
Questionada sobre o motorista ter sido liberado, a Secretaria da Segurança Pública não respondeu e apresentou uma versão diferente sobre o caso. Afirmou que “após o socorro aos envolvidos, foi constatada a morte de um dos motoristas. O outro fugiu enquanto os agentes prestavam atendimento. Ele se tornou suspeito da autoria do crime posteriormente, durante a apresentação dos fatos na delegacia e depoimento de testemunhas”.
O g1 solicitou à SSP um esclarecimento sobre a questão, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Como estão as investigações
Inicialmente, o caso é investigado pela polícia como homicídio culposo (sem intenção de matar), lesão corporal culposa (sem intenção de machucar) na direção de veículo automotor e fuga de local de acidente.
Um relógio de Fernando Sastre foi apreendido dentro do Porsche. Até o fim deste domingo, a polícia ainda tentava localizar o motorista.
Procurado pelo g1, o ouvidor da Polícia de São Paulo, Cláudio Silva, afirmou que vai acionar a Corregedoria da Polícia Militar para que o órgão apure a conduta dos policiais que atenderam a ocorrência.
Fonte: G1