Governador de SP nega retomada da Operação Escudo após soldado desaparecer: ‘não faz sentido’, diz

por Redação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou que a Operação Escudo, realizada pela PM no litoral paulista, tenha sido retomada.

A informação tinha sido confirmada no dia anterior pelo porta-voz da Polícia Militar (PM), coronel Emerson Massera.

O oficial havia dito que a medida ocorreu após o soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, desaparecer na madrugada de domingo (14) na Baixada Santista.

Mais cedo, em nota, a Secretaria da Segurança Pública havia informado que o policiamento na região foi reforçado, mas não deu nome para a ação.

“Após o desaparecimento do PM Luca Romano, no domingo (14), a PM deflagrou operação na região com o objetivo de identificar e prender os envolvidos. Cerca de 250 policiais foram deslocados para reforçar o policiamento, restabelecer a segurança e auxiliar nas buscas pelo soldado. Um homem de 36 anos foi preso, suspeito de participação no desaparecimento. Nesta terça-feira (16) a PM localizou o corpo de um homem, ainda não identificado, na região do Guarujá. O Corpo de Bombeiros foi acionado e retirou o corpo do local. A perícia foi acionada e as investigações seguem. Não há, no entanto, indícios de que se trate do policial desaparecido.”

A Operação Escudo recebeu diversas críticas de entidades ligadas aos direitos humanos por causa do número de mortes.

Ela foi deflagrada na região em julho de 2023, depois da morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Na ocasião, o agente foi baleado durante patrulhamento em Guarujá (SP).

Nos 40 dias de duração, segundo divulgado pela Secretaria da Segurança Pública à época, 958 pessoas foram presas e 28 suspeitos morreram em supostos confrontos com policiais.

A ação foi alvo de críticas de especialistas na área de segurança pública e entidades de defesa dos Direitos Humanos por conta dos abusos e da violência policial.

Meses após o encerramento da Escudo, o governou iniciou, em dezembro daquele mesmo ano, uma nova ação no litoral, batizada de Operação Verão.

A segunda operação durou quatro meses e foi encerrada no dia 1° de abril, com 56 mortes de suspeitos em confrontos com a polícia.

Repercussão
As mortes cometidas por PMs subiram em 86% no 1º trimestre de 2024, o segundo ano de mandato do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além disso, agentes dispararam 188 vezes contra três suspeitos no litoral paulista, assim como noticiou a informação de que uma câmera corporal estava descarregada após confronto com morte na Operação Verão.

Escudo X Verão
Última Operação Escudo em 2023: Foi deflagrada na região após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis, em julho do ano passado. Na ocasião, o agente foi baleado durante patrulhamento em Guarujá (SP). Nos 40 dias de ação, segundo divulgado pela SSP-SP, 28 suspeitos morreram em supostos confrontos com policiais e 958 pessoas foram presas.

Operação Verão em 2024: foi estabelecida na Baixada Santista em dezembro de 2023. No entanto, com a morte do PM Samuel Wesley Cosmo, em 2 de fevereiro, o estado deflagrou a 2ª fase da ação com o reforço policial na região. A ação durou quatro meses e foi encerrada com 56 mortes de suspeitos em confrontos com a polícia. Segundo a SSP-SP, no total, 1.025 foram presos, sendo 438 deles procurados pela Justiça, além de 47 menores apreendidos.

Fonte: G1

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