O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou por volta das 10h20 desta quarta-feira (15) na Base Aérea de Canoas (RS), onde fará anúncio de novas medidas de auxílio ao Rio Grande do Sul e a famílias vítimas das enchentes provocadas por fortes chuvas nas últimas semanas.
Esta é a terceira viagem do presidente ao Rio Grande do Sul desde o início da crise gerada pelos temporais no estado. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso acompanha Lula na visita.
Embora o petista também tenha convidado os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) alegaram compromissos no Legislativo e não embarcaram com Lula.
Na madrugada desta quarta, a Câmara aprovou o projeto do governo que permite a suspensão do pagamento da dívida do RS por 36 meses. O Senado analisará o texto nas próximas horas.
Lula viajou ao RS acompanhado de 10 ministros do governo, entre os quais:
Fernando Haddad (Fazenda)
Waldez Góes (Integração)
Jader Filho (Cidades)
Renan Filho (Transportes)
Nísia Trindade (Saúde)
José Múcio Monteiro (Defesa)
Marina Silva (Meio Ambiente)
Escolhido para comandar as ações federais no Rio Grande do Sul, o atual ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, também integra a comitiva presidencial.
Em uma rede social, Pimenta, que é gaúcho, afirmou que as autoridades e a sociedade precisam pensar medidas de prevenção “para que essa tragédia jamais se repita”.
Os comandantes das Forças Armadas também embarcaram com Lula: almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha), general Tomás Miguel Paiva, (Exército), brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica).
A primeira parada de Lula no Rio Grande do Sul foi em um abrigo montado em uma universidade de São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre.
Medidas
Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, o governo pode anunciar o pagamento de um auxílio de R$ 5 mil para cerca de 100 mil famílias – a ser chamado de Vale Reconstrução.
Esse recurso emergencial, que deve ser pago em uma única prestação, tem o objetivo de ajudar as pessoas a comprarem itens básicos que foram perdidos com as inundações, como cama, geladeira ou fogão.
Desde o início das chuvas e das cheias, há duas semanas, Lula reuniu ministros e fez uma série de anúncios de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, como:
Decreto de calamidade, aprovado pelo Congresso
Abertura de linhas de crédito para empresas e produtores rurais
Antecipação do pagamento de benefícios
Liberação de R$ 5 bilhões para ações emergenciais de ministérios
Carências no pagamento de financiamentos
Projeto que suspende pagamento da dívida do RS com a União por três anos
O governo federal liberou recursos emergenciais, para atendimento imediato das vítimas, e também discute um pacote bilionário para reconstruir a infraestrutura gaúcha. O governo do estado estima em, pelo menos, R$ 19 bilhões, esse custo.
149 mortes confirmadas
Desde o fim do mês passado, 149 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Mais de 614 mil estão fora de casa. Ao todo, 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas em 446 cidades gaúchas.
As autoridades ainda procuram por 108 pessoas que estão desaparecidas.
Pontes e trechos de rodovias foram destruídos pelas enxurradas. Há bloqueios em diversas estradas estaduais e o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, principal terminal do estado, está interditado. A previsão é de que o aeroporto fique sem funcionar até setembro.
Fonte: G1