Em sua primeira Olimpíada, Julia Soares, de 18 anos, encantou a Bercy Arena, em Paris, na tarde de domingo. Além de um espetáculo no solo ao som de “Cheia de Manias” misturado com “Milord”, de Edith Piaf, ela conquistou uma vaga na decisão da trave de equilíbrio.
O movimento com o nome dela, o “Soares”, um giro criado para entrada na trave e que foi batizado por ela e pela treinadora ucraniana Iryna Ilyashenko no Pan-Americano de 2021, na Colômbia, abriu a apresentação. Julia Soares fez uma série impecável, com um triplo giro cossaco perfeito, e teve nota 13,800.
Julia Soares nasceu em Curitiba. Na capital paranaense está o Centro de Excelência em Ginástica do Paraná, que foi casa da ginástica brasileira entre 2001 e 2008. Julia era muito pequena, mas pôde conviver ali com Daiane dos Santos e Rebeca Andrade.
— Me inspirou muito na ginástica. Pude pensar: eu quero um dia chegar onde elas estão – contou Julia ao ge em 2023.
Desde 2018, Julia vem se destacando nas principais competições nacionais e internacionais. O primeiro grande resultado internacional foi o ouro na etapa de Baku da Copa do Mundo de ginástica artística, mas ela também subiu ao topo do pódio quatro vezes no Sul-Americano.
Julia fez parte da equipe que conquistou a inédita medalha de prata no Campeonato Mundial que assegurou a vaga do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2023. Nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, ela ficou com a prata por equipes e bateu na trave no solo, perdendo a medalha de bronze por 0,1.
— É muito difícil, exige muita técnica, como na ginástica. E muito estudo! – disse em entrevista ao ge.
A final da ginástica artística por equipes nas Olimpíadas de Paris 2024 será na terça-feira, a partir de 13h15 (de Brasília). As finais individuais começam na quinta, também às 13h15.
Fonte: GE