O futebol apresentado pelo Corinthians melhorou com Ramón Díaz. Os resultados, no entanto, não acompanham a evolução do time dentro de campo. Nos últimos quatro jogos, foram três empates e uma derrota.
Com dois jogadores a mais durante praticamente todo o segundo tempo, o Corinthians empatou em 1 a 1 com o Juventude, na Neo Química Arena, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O tropeço em casa colocou o Timão novamente na zona de rebaixamento.
São 20 pontos em 21 rodadas, três jogos sem vencer e o pior: os adversários direitos somando pontos e ainda com jogos a menos na tabela. A missão do Corinthians no Brasileirão parecia facilitada com a chegada de Ramón Díaz, mas será necessário transformar o bom desempenho em pontos.
Paralelamente ao Campeonato Brasileiro, o Timão tem a disputa eliminatória de duas Copas, chances de aumentar a arrecadação em premiações e também de conquistar um título novamente depois de cinco anos.
Na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Grêmio, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, Ramón Díaz terá o seu primeiro grande desafio em meio a outros tantos até o fim do ano: o Corinthians decide uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, que vale R$ 4,515 milhões para o caixa do clube.
Gol relâmpago e intensidade
Ramón Díaz mudou mais uma vez o Corinthians. Em sua sexta partida no comando do clube, o técnico argentino colocou em campo a sua sexta escalação diferente. O 4-4-2 foi mantido, mas com Igor Coronado atuando ao lado de Garro aumentando o poder criativo do time.
Não deu tempo de analisar a mudança. O Juventude abriu o placar aos três minutos, em jogada rápida pela direita do ataque Alan Ruschel aproveitou cruzamento na segunda trave, antecipando Fagner e tocando para marcar. O árbitro de vídeo demorou cinco minutos para validar o gol do time gaúcho.
Com a bola rolando, o Corinthians realmente criou mais chances do que nos últimos jogos. E a presença no ataque deixou o time mais exposto. Hugo Souza evitou que o Juventude marcasse o segundo gol fazendo defesa cara a cara em chute de Erick.
O Corinthians acertou bola na trave em chute de Giovane, que ainda despediçou outras duas chances em chegadas rápidas pelo lado direito do ataque. Igor Coronado acertou belo chute, Wesley teve duas grandes chances na esquerda, mas errou as finalizações.
O que mais preocupou foi a falta de efetividade de um time que finalizou 15 vezes contra o gol do Juventude e teve quase 60% de posse de bola. Além disso, os sustos defensivos podem custar um preço alto, como em jogos decisivos de mata-mata.
Animador, mas não o suficiente
Com um jogador a mais depois da expulsão do goleiro Gabriel na reta final do primeiro tempo, o Corinthians voltou do intervalo com Pedro Henrique no lugar de Raniele.
E se o Juventude abriu o placar com três minutos de jogo, o Corinthians empatou com o mesmo tempo de bola rolando na etapa final. Pedro Henrique aproveitou cruzamento de Fagner para desviar e empatar o jogo.
Pouco tempo depois, Alan Ruschel recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Com dois a mais, o Corinthians aumentou a pressão e o volume de jogo intenso que havia feito também no primeiro tempo na Neo Química Arena.
A pressão que se esperava com a vantagem numérica em campo acabou não se transformando em chances criadas. Ramón Díaz mexeu ainda mais, colocando Pedro Raul, Breno Bidon e Guilherme Biro nos lugares de Hugo, Alex Santana e Giovane, respectivamente, mas as mudanças não surtiram efeito.
O Corinthians apresenta evolução dentro de campo, mas a pontuação precisa acompanhar os indícios de que o time pode estar em uma posição melhor do que a atual. A pressão pode aumentar ainda mais nas próximas semanas. Entre jogos do Brasileirão, o Timão tem a disputa de duas vagas nas quartas de final das Copas do Brasil e Sul-Americana.
Fonte: GE