Para o designer Alejandro Núñez Vicente, CEO da startup Chaise Longue, os assentos de dois níveis nos aviões são o futuro da classe econômica. E ao que tudo indica, a sua ideia, apresentada há alguns anos, está mais perto de se tornar realidade.
Segundo a CNN internacional, a Chaise Longue anunciou há pouco que está em conversas com a Airbus. Um porta-voz da gigante da aviação confirmou a informação, mas não quis dar mais detalhes.
“A Chaise Longue está explorando alguns conceitos iniciais com a Airbus em soluções de assentos de dois níveis para nossas aeronaves comerciais”, disse a fonte. “Dada a natureza deste nível de fase inicial, não faremos mais comentários”.
O projeto de Vicente propõe um layout verticalizado na cabine, com fileiras superiores e inferiores de assentos. Mas enquanto alguns o veem como uma forma engenhosa de otimizar o espaço e aumentar o conforto, outros o consideram um convite à claustrofobia e uma forma de as companhias aéreas amontoarem ainda mais os passageiros.
Em defesa da sua ideia, o designer diz que, quem ficar tanto na fileira de baixo quanto na de cima, tem mais espaço para esticar as pernas e que o assento do nível superior ainda possibilita “ângulos de reclinação maiores”.
A CNN testou os primeiros protótipos de ambos os conceitos e concluiu que, embora o nível inferior tenha um potencial claro de claustrofobia, o maior espaço para as pernas faz a diferença.
Em conversa com a publicação, Vicente observou que não pode especificar que tipo de cabine a colaboração com a Airbus tem como alvo e nem o quanto os conceitos que estão sendo explorados são parecidos com os apresentados inicialmente por sua empresa.
Ele acrescentou que o foco da Chaise Longue é “otimizar o espaço” na cabine e que está grato que a Airbus veja “o verdadeiro potencial dos assentos de dois níveis”.
Também reconheceu que, mesmo com essa nova parceria, “ainda há um longo caminho a percorrer” antes que os assentos de dois níveis se tornem mesmo uma realidade. “No entanto, com o apoio da Airbus, este é um objetivo realista e alcançável que melhorará muito as viagens dos passageiros”, completou.
Fonte: epocanegocios