Lexa faz desabafo: ‘Beirei a morte tentando salvar a minha filha’

por Redação

Lexa, 30, deu sua primeira entrevista após a morte da sua filha Sofia ao Fantástico (Globo).

O que aconteceu
Lexa compartilhou a angústia e os desafios enfrentados durante sua gravidez ao médico Drauzio Varella. “O médico entrou e falou: ‘Olha, eu preciso te falar isso, mas na medicina a gente sempre vai escolher a mãe’. Eu falei: ‘Eu vou até o meu limite, se possível’. E eu realmente beirei a morte tentando salvar a minha filha”.

Sofia nasceu no dia 2 de fevereiro, mas morreu três dias depois. “A impressão que eu tenho é que não vai ter um dia da minha vida que eu não vá chorar. É muito difícil.”

A cantora destacou que foi um “sonho muito calculado” e que seguiu a risca o pré-natal durante a gestação. O primeiro ultrassom foi feito na sexta semana de gravidez, no entanto, ainda assim, não foi suficiente para ela ser diagnosticada com pré-eclâmpsia e graves sintomas. Durante internação, ela teve a síndrome HELLP, uma forma grave da pré-eclâmpsia.

Lexa divulgou a gravidez quando estava com três meses de gestação, em outubro do ano passado. Ela continuou a fazer shows e seguiu a agenda como rainha de bateria da Unidos da Tijuca, sempre com acompanhamento médico.

Os exames estavam bons, até que um deles deu alto risco para pré-eclampsia e sua médica decidiu interná-la. Durante os 17 dias de internação, ela foi diagnosticada com a Síndrome de HELLP, uma forma grave da pré-eclampsia.

Lexa relatou exatamente o que sentia. “Eu lembro de sentir uma dor de estômago muito forte, minha dor de cabeça não passava. Minha mão já estava de uma maneira que já não estava fechando mais… O fígado começou a entrar em falência. Não tinha mais para onde ir, nem para mim, nem para ela”.

O parto foi marcado para 2 de fevereiro. “A minha filha nasceu com todas as coisas que eu estava sentindo. Ela nasceu com rins comprometidos, com fígado, com a pressão alterada. Muito pequenininha, mas muito linda”, diz.

Marido de Lexa, Ricardo Vianna também lamentou a partida precoce da filha. “O que mais me dói como marido e como pai é não poder fazer nada, né? Estar dentro de um hospital e ver minha filha entubada e não poder fazer nada sobre aquilo. Ver minha mulher que, de repente, com mais um dia na gestação, ela poderia não estar do meu lado”.

O que é pré-eclâmpsia
É uma doença hipertensiva (pressão alta), acompanhada da perda de proteína na urina (proteinúria). Ela aparece nas gestações a partir da 20ª semana. Segundo os especialistas, considera-se hipertensão arterial igual ou acima de 140/90 mmHg.

A causa mais comum é decorrente da alteração na implantação da placenta. Quando o processo não ocorre de maneira adequada, ocasiona aumento na resistência dentro dos vasos sanguíneos, fazendo com que a pressão se eleve. A doença pode ser diagnosticada por meio de exames e avaliações médicas.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, estão, principalmente:

Pacientes muito jovens (geralmente abaixo dos 19 anos);
Pacientes acima dos 35 anos;
Hipertensão (quem já tinha problemas de pressão);
Diabetes;
Obesidade;
Pré-eclâmpsia em gestações anteriores;
Gestação múltipla;
Trombofilias (síndrome do anticorpo antifosfolípide);
Lúpus.
A pré-eclâmpsia não se trata de uma doença hereditária. O que se sabe, entretanto, é que pacientes que desenvolveram a doença em uma gestação tem mais chance de desenvolver novamente.

Ela pode vir acompanhada de alguns sintomas: inchaço no corpo todo, alteração de visão, diminuição do volume urinário, falta de ar, redução do líquido amniótico e, em sua evolução, pode afetar e causar graves lesões nos rins, no fígado e, em casos extremos, levar ao inchaço do cérebro. Pode também haver alteração na função hepática (síndrome de Hellp) e, eventualmente, derrame.

Para o bebê, a doença também pode ser perigosa. Isso porque ela pode levar a restrição do crescimento e ganho de peso, devido a perda da função da placenta que, em caso extremo, pode diminuir a passagem de oxigênio para o feto e levar a morte.

A pré-eclâmpsia não tem cura. A única maneira de controlar a doença e evitar que evolua para eclâmpsia (forma mais grave da doença) é o acompanhamento pré-natal criterioso. Pacientes diagnosticados devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

Se houver um diagnóstico precoce, é possível receitar ácido acetilsalicílico (AAS) e cálcio, como forma preventiva. Mas qualquer medicamento só deve ser ingerido com prescrição e avaliação médica.

Fonte: UOL

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