Licença de Eduardo pode indicar possível tentativa de fuga de Bolsonaro para os EUA, avaliam ministros do STF

por Redação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, numa rede social, que vai se licenciar. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (18), que vai morar nos Estados Unidos por uma perseguição política a qual ele e o pai estão sendo submetidos no Brasil. O parlamentar já está em território norte-americano.

O PT havia pedido que o STF mandasse apreender o passaporte de Eduardo Bolsonaro por suposto atentado à soberania nacional. O ministro Alexandre de Moraes, porém, arquivou o caso após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionar contra à retenção do documento.

Para ministros do STF, a decisão de Eduardo pode indicar uma possível fuga ou pedido de asilo político do ex-chefe do Executivo no país comandado por Donald Trump.

Na semana que vem, os magistrados começarão a julgar a denúncia da PGR contra Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. Nesta etapa, os ministros da Primeira Turma vão avaliar se aceitam ou não as acusações. Caso aceitem, o ex-presidente e outros sete denunciados se tornarão réus e a ação penal será instaurada.

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal, em fevereiro de 2024, no âmbito da investigação da suposta trama golpista. Dias depois, ele passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília.

Porém, posteriormente, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, concluiu que não havia elementos concretos que indicassem que o político buscava asilo diplomático para fugir do país. A ação foi arquivada.

Além disso, após ser derrotado por Lula nas eleições de 2022, Bolsonaro passou uma temporada nos Estados Unidos. Ele estava no país quando aconteceram os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Decisão de Eduardo causou surpresa
A decisão de se licenciar e morar nos EUA pegou o PL, partido de Eduardo Bolsonaro, de surpresa. Vera Magalhães apurou que, primeiro, o deputado discutiu a questão com a família – incluindo o pai – e, depois, informou à sigla.

O parlamentar era o escolhido do PL para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), já havia informado, inclusive à base governista, que não impediria que Eduardo assumisse o cargo. A posso deveria acontecer nesta quarta-feira (19).

Fonte: CBN

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