O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) detalhou nesta quarta-feira a composição dos produtos apontados como “café fake”, que foram apreendidos em uma operação em fábricas em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, em fevereiro deste ano.
A análise do ministério revelou que os produtos apreendidos eram feitos de cascas de grãos e de outros elementos que são considerados “lixo” da lavoura de café, como grãos ardidos, defeituosos, que são dispensados no processo de produção.
As bebidas também continham uma toxina cancerígena, segundo o MAPA.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, os produtos apreendidos pertenciam a três marcas diferentes, que não foram reveladas.
Pela legislação brasileira, para que uma bebida seja considerada café ela deve ser produzida somente a partir do fruto. Variáveis do produto podem se enquadrar em categorias como “pó sabor café”, em caso de autorização do ministério.
Segundo o MAPA, os produtos apreendidos, no entanto, não podem ser considerados alimentos e foram recolhidos dos supermercados.
— Recolhemos [dos supermercados] porque a matéria era toda feita de resíduo, só lixo — disse Caruso.
Agora os produtos também serão submetidos para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: OGLOBO