A Polícia Civil do Distrito Federal não descarta a possibilidade de quatro mulheres que estão entre as vítimas da maior chacina do DF terem sido abusadas sexualmente enquanto estiveram no cativeiro, em Planaltina (DF). Renata Belchior e Gabriela Belchior, sogra e cunhada de Elizamar, teriam sido mantidas em cárcere desde 28 de dezembro.
O delegado da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, Ricardo Viana, responsável pelo caso, explica que o Instituto Médico-Legal (IML) e o Instituto de Criminalística avaliam a possibilidade de violência sexual, mas o laudo não pode ser preciso devido a parte dos corpos ter sido incinerada e outros corpos estarem em estado avançado de decomposição.
“Nos intriga o fato de os corpos terem sido carbonizados. Não sei se a perícia vai conseguir apurar algo nesse sentido, mas Gabriela e Renata ficaram 18 dias na posse dessas pessoas. Cláudia e Ana Beatriz ficaram 14 dias. Eram quatro homens, alguns deles com passado voltado para práticas criminosas, mas não podemos descartar ou confirmar essa informação sem o laudo cadavérico”, afirma o delegado.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos negaram a prática. A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a identidade de Renata e Gabriela Belchior na última terça-feira (24). A identificação aconteceu por análises de DNA, com base no material genético de Marcos Antônio, pai de Gabriela e esposo de Renata. Ele também morreu na chacina e teve o corpo esquartejado e enterrado no quintal do terreno usado como cativeiro.
A identificação de Cláudia Regina (ex-esposa de Marcos Antônio) e Ana Beatriz Marques de Oliveira (filha de Marcos Antônio e Cláudia), aconteceu em 24 e 25 de janeiro, respectivamente. Mãe e filha foram encontradas durante uma busca na zona rural de Planaltina, dentro de uma cisterna, em uma chácara abandonada, na última terça-feira (24). Elas foram encontradas amarradas e amordaçadas, com sinais de possível tortura. Thiago Gabriel (marido de Elizamar) também foi encontrado no local.
Fonte: Com informações da Agência Estado