Os êxitos recentes da administração do Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos Municipais (Ipref) de Guarulhos levaram estudantes de duas universidades federais a fazerem detalhadas análises que se transformaram em trabalhos de conclusão de curso (TCCs).
Alunos dos cursos de ciências atuariais da Universidade Federal de Alfenas (MG) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte expuseram os fatores que levaram o Ipref a ter um patrimônio líquido superior a 13 Estados brasileiros, principalmente o de São Paulo, o mais rico do país, em uma lista que inclui ainda Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Acre e Mato Grosso do Sul.
No início de 2017 o patrimônio líquido do Ipref era de R$ 88,3 milhões, enquanto que no final do ano passado ele atingiu R$ 1,46 bilhão, um crescimento superior a 1.600%. A previdência estadual, por exemplo, conta com um patrimônio líquido de R$ 985 milhões, contra R$ 990 milhões da previdência da capital paulista. Por sua vez, Osasco, cidade da Região Metropolitana de São Paulo com uma população de 700 mil habitantes, tem R$ 825 milhões no caixa de seu instituto previdenciário, contra R$ 915 milhões de Santo André, R$ 674 milhões de São José do Rio Preto e R$ 648 milhões de Ribeirão Preto.
Guarulhos ocupa atualmente a 37ª posição no ranking geral das previdências do país, e a 26ª se forem contabilizadas apenas as cidades, em um universo de 2.145 estados e municípios que contam com previdência própria no Brasil – o restante está na base do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Guarulhos é um dos poucos entes federativos que apresenta resultado atual superavitário”, afirma a presidente do Ipref, Marcela Bragança Zenati Barros.
Os dois grupos de estudantes das universidades federais analisaram algumas instituições que adotaram o Regime Próprio de Previdência Social, o que aconteceu em Guarulhos em 2019. Foram verificados dados como inconsistências na prestação de contas, desafios enfrentados e como foram superados, viabilidade de custeio, orçamento municipal em relação ao custeio do plano financeiro, PIB da cidade, entre outros.
Imagem: Marcio Lino/PMG