Brasil Segurança Adolescente de 14 anos era um dos chefes de rede de crimes de ódio contra menores na internet, diz polícia Redação15 de abril de 2025016 visualizações Um adolescente, de 14 anos, é apontado como um dos chefes de uma rede de crimes de ódio contra menores, segundo a Polícia Civil. O menino, que mora em Campo Grande, foi um dos alvos da Operação Adolescência Segura, nesta terça-feira (15). A operação ocorre em 7 estados e tem como objetivo desarticular uma das maiores organizações criminosas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Até a última atualização desta reportagem, 2 adultos foram presos, e 6 menores, apreendidos. Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Um dos alvos foi a casa do adolescente de 14 anos, no Jardim Carioca. No local foram apreendidos computadores, celulares e documentos. Segundo o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o adolescente de 14 anos chefiava a rede de crimes de ódio a partir da casa dele. Os outros quatro endereços eram ligados a outras pessoas, que respondiam hierarquicamente ao adolescente na organização criminosa. O adolescente confirmou a participação e a posição que exercia na organização criminosa. O suspeito não foi apreendido, em razão da falta de flagrante do delito, como explica a delegada responsável pelo Dracco, Ana Cláudia Medina. Operação Adolescência SeguraAgentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav-RJ), com o apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), saíram para cumprir 2 mandados de prisão temporária, 20 mandados de busca e apreensão e 7 de internação provisória de adolescentes infratores em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A rede criminosa é responsável por diversos crimes graves no ambiente virtual, entre eles: Tentativa de homicídioInduzimento e instigação ao suicídioIncentivo à automutilaçãoArmazenamento e divulgação de pornografia infantilMaus-tratos a animaisApologia ao nazismoA investigação revelou que o grupo se organizava virtualmente, por meio de plataformas criptografadas como Discord e Telegram, onde promoviam desafios e competições, sempre de crimes de ódio. Ataque a sem-teto As investigações iniciaram em 18 de fevereiro de 2025, quando um morador em situação de rua foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou 2 coquetéis molotov em sua direção. Em paralelo, Miguel Felipe, maior de idade, filmava e transmitia o evento em tempo real para cerca de 220 integrantes na plataforma Discord. Miguel Felipe foi preso, e o adolescente foi apreendido e internado provisoriamente pela Dcav. Fonte: G1