Nesta sexta-feira (12), o advogado de Daniel Alves, Cristóbal Martell, deu uma entrevista ao Programa Ana Rosa, da emissora espanhola Telecinco. O canal televisivo divulgou, nesta quinta-feira (11), áudios da acusadora gravados logo após o estupro, mas, para o defensor do brasileiro, a versão da jovem de 23 anos pode ser contestada, posto que as imagens fornecidas pelas câmeras de segurança da boate Sutton mostram que a relação teria sido consensual.
“Essa história de medo e pavor não condiz em nada com o que se pode ver nas imagens do momento anterior, na mesa VIP, quando já foi demonstrado que houve cortejo sexual. Eles dançam juntos, se esfregando, ele pega na bunda dela várias vezes, ela procura por ele, sem apreciar esse cenário de horror que a jovem depois descreve perante o juiz”, afirmou Martell.
O advogado se refere aos áudios vazados pela mesma emissora, em que a vítima é ouvida por policiais logo após o suposto estupro. Neles, a mulher chora enquanto relata os acontecimentos da noite. Em um momento, ela afirma que beijou o jogador, mas que ele a agrediu, a xingou e a impediu de sair do banheiro, onde o suposto estupro teria acontecido.
“Fui voluntariamente ao banheiro e, após darmos alguns beijos, eu disse que queria ir embora, mas ele [Daniel Alves] disse que não. Ele começou a me dizer coisas desagradáveis, como ‘você é minha vadia’, e começou a me bater. Ele jogou minha bolsa no chão e me bateu”, diz aos agentes.
Uma amiga que acompanhava a jovem de 23 anos e que acusa o brasileiro do crime de agressão sexual, previsto no artigo 179 do código penal da Espanha, afirma aos policiais que “houve penetração”.
Sem data para o julgamento ocorrer, Daniel Alves está preso no Centro Penitenciário Brians 2 desde 20 de janeiro. Caso o crime seja confirmado, o lateral-direito pode permanecer na prisão de 4 a 12 anos.
Fonte: r7