Análise: São Paulo precisa se manter em seu limite para sonhar com título

por Redação

Depois de um momento de instabilidade, o São Paulo voltou ao G-4 do Brasileiro ao bater o Athletico-PR por 2 a 1, fora de casa, na última quarta-feira. A seis pontos do líder, o Flamengo, a equipe se coloca como uma competidora pelo título. Para se manter nessa condição, o Tricolor precisará fazer um esforço maior do que outros candidatos.

Com um bom elenco e um técnico que tem demonstrado ideias interessantes desde que chegou, o São Paulo terá que se manter em seu limite para continuar como um intruso nessa disputa que tem o Flamengo à frente e o Palmeiras como perseguidor mais provável – o Botafogo completa o grupo dos quatro melhores.

Ao contrário desses adversários, o São Paulo tem margem de manobra menor, com um grupo não tão recheado como o dos cariocas ou tão consistente como o dos vizinhos da Barra Funda.

É um time mais propenso a sofrer pequenas instabilidades durante um torneio tão longo. A última é exemplo: com medo de perder atletas por lesão, o técnico Luís Zubeldía decidiu poupar alguns atletas contra Cuiabá e Vasco e perdeu os dois jogos.

Pelo sonho de conquistar o sétimo título nacional, o São Paulo não tem o luxo de descansar titulares sem perder desempenho.

As lesões, tão frequentes nos últimos anos, são um risco para o time. Dividir atenção com as copas – Libertadores e do Brasil – a partir de agosto, outro risco.

E não há previsão de que o time se reforce de forma relevante na janela que está prestes a abrir – há negociação com o volante Thiago Mendes e o sonho pelo lateral Alex Sandro.

Mas o jogo em Curitiba é um bom sinal do que o São Paulo, inteiro, é capaz de fazer.

A equipe fez um ótimo primeiro tempo contra o Athletico, até então invicto em casa. Zubeldía escolheu Welington Rato para ficar com a vaga de Luciano, suspenso. O meia dividiu com Lucas as funções pela direita e pelo meio do campo de ataque tricolor.

Incisivo, o São Paulo quase abriu o placar numa jogada bem trabalhada em que Lucas recebeu dentro da área, mas de costas para o gol, e preferiu rolar para Alisson, que bateu de fora e obrigou Léo Linck a fazer grande defesa.

O gol saiu pouco depois. Calleri, cercado por três rivais, girou e serviu Ferreira, dentro da área. O camisa 47 acertou um chutaço no ângulo.

A vantagem durou pouco. Fernandinho bateu colocado de fora da área e colocou a bola no canto esquerdo do gol defendido por Jandrei.

O segundo tempo começou diferente, com o Athletico muito mais perigoso, e o São Paulo contraído.

Foi aí que um erro bizarro da defesa rubro-negra facilitou a vida tricolor. Esquivel tentou recuar para Thiago Heleno, mas tocou no contrapé do colega, que não alcançou. Ele era o último zagueiro, e a bola sobrou limpinha para Calleri.

O camisa 9 entrou na área e desperdiçou a primeira chance, mas pegou o rebote da defesa de Léo Linck e recolocou o time à frente no placar.

Depois disso, quase não teve jogo.

Welington, numa confusão com Leo Linck, cavou a expulsão do goleiro – o VAR precisou alertar o árbitro do chute que o athleticano acertou no lateral tricolor.

A bola rolou pouco, deu tempo de Zubeldía ser expulso por insistir em invadir o campo. Calleri e Ferreira, que estavam pendurados, tomaram cartões amarelos e não enfrentam o Bragantino no sábado.

Com 24 pontos, o São Paulo assumiu a quarta posição, mas ainda pode ser ultrapassado pelo Bahia, que tem a mesma pontuação e joga nesta quinta, em casa, contra o Juventude.

Fonte: GE

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