Após traumas, o palmeirense está certo em ter medo do Boca Juniors?

O Palmeiras segurou um empate por 0 a 0 contra o Boca Juniors na partida de ida da semifinal da Libertadores e nesta quinta-feira (5) recebe o clube argentino no Allianz Parque, em duelo que decide um dos finalistas do torneio.

Após um desempenho fraco na partida no La Bombonera, onde o clube dependeu do goleiro Weverton para não vir em desvantagem para a volta, e ver o “mistão” de Abel Ferreira perder para o Bragantino, no fim de semana, e cair para a quarta colocação no Brasileirão, a partida desta quinta (5) ganha contornos ainda mais importantes para o restante da temporada.

Ao observarmos o histórico do confronto entre as duas equipes, o palmeirense deveria, em tese, sentir confiança. Em 26 embates, o Palmeiras venceu oito partidas, o Boca saiu ganhador em quatro, e os times empataram em 14 oportunidades. O levantamento foi feito pelo site Verdazzo.

Mais do que isso, o Boca não é o mesmo de outrora, que assustava os adversários no início do século, quando tinha nomes como Riquelme, Palermo, Palacios, Tévez e Ibarra em seu elenco e o maestro Carlos Bianchi à beira do campo.

Ao analisarmos o atual momento das equipes, compararmos o elenco e levarmos em conta o fato de que o Verdão decide a partida ao lado do torcedor, seria motivo para alívio e sentimento de favoritismo, mas, no imaginário palmeirense, o Boca sempre foi uma pedra no sapato.

Nas três oportunidades em que os clubes se enfrentaram em mata-mata de Libertadores, em 2000, 2001 e 2018, a equipe argentina avançou, eliminando o Alviverde.

Relembre as partidas
Eliminações em sequência

Após ser campeão inédito do torneio, em 1999, o Palmeiras defendeu o título no ano seguinte, contra o Boca Juniors.

Na partida de ida da decisão, empate por 2 a 2. No jogo de volta, disputado no estádio do Morumbi, o mesmo resultado. Nas penalidades, os xeneizes soltaram o grito de campeão, após vitória por 4 a 2 na disputa.

Em 2001, o Palmeiras teve a chance de se vingar do Boca, pela semifinal da Liberta. Mas, logo no jogo de ida, vivenciou uma partida com decisões muito controversas do árbitro paraguaio Ubaldo Aquino, que favoreceu o clube argentino em uma série de lances, incluindo um pênalti inexistente marcado quando o Verdão estava na frente do placar, em que o Boca empatou a partida, encerrada em 2 a 2.

Na volta, jogando no Palestra Itália, novo empate por 2 a 2, mas, nas penalidades, Arce, Basílio e Alex desperdiçaram as suas cobranças, e o Boca avançou para a grande final, tornando-se campeão ao vencer o Cruz Azul na decisão.

Mas será o Benedetto?

Em 2018, o Palmeiras vivia um hiato de 17 anos sem disputar uma semifinal de Libertadores. O chaveamento colocou o Boca Juniors em seu caminho.

Naquele mata-mata, o atacante Dario Benedetto ganhou fama de “carrasco” do Palmeiras. A partida de ida da semifinal no La Bombonera caminhava para um empate sem gols, quando, a 15 minutos do fim da partida, o treinador Guillermo Schelotto convocou Benedetto para jogar os minutos finais.

Com um cabeceio e um lindo gol de fora da área, o jogador precisou de apenas dois lances para colocar o Boca em vantagem e mudar a história da partida.

Na volta, no Brasil, o Palmeiras vencia a partida por 2 a 1, de virada. E, mais uma vez, Benedetto, vindo do banco, marcou, para encerrar de vez o sonho palestrino.

Fonte: r7

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