Um vídeo registrou ataques de uma artista plástica, de 52 anos, contra atendentes de um mercado em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo. Na noite de quarta-feira (31), Rita Aparecida Longhini foi abordada pela Polícia Militar e presa em flagrante por desacato e injúria racial, na rua Caiubí, depois de dar um tapa no rosto do PM (assista mais abaixo).
O caso foi filmado quando a confusão começou ainda na unidade da Oxxo e no momento da prisão da suspeita. O registro no mercado foi obtido pelo g1 neste domingo (4).
Policiais militares foram chamados depois que duas vítimas, funcionárias de um mercado Oxxo, contaram que a suspeita entrou no local e passou a ofendê-las, inclusive com ofensas raciais.
O vídeo mostrou quando ela chamou as mulheres de “vagabundas” e uma delas de “traficante”. Segurando um cachorro pela guia, Rita ainda atirou produtos contra as vítimas, jogou bebida no chão e derrubou equipamentos do local. Uma das vítimas estava em ligação falando com a polícia.
À polícia, uma das trabalhadoras contou que a cliente entrou no estabelecimento e passou a xingar a colega. Segundo o depoimento, Rita teria a chamado também de “macaca”.
“Essa traficante, ela não vai mais viver no meu bairro. Você vai ser a segunda, ou terceira”, disse Rita às mulheres.
Policial agredido
Em seguida, a mulher passou a xingar também os policiais e resistiu à abordagem, ainda segundo a SSP. Um deles foi agredido.
Um vídeo mostrou quando o PM tentou conversar com a suspeita e fez perguntas. Com falas desconexas, ela comentou que “tem uma traficante que trabalha ali”, apontou, e citou que “tinha provas no telefone”.
Na sequência, o PM perguntou se ela ia escutar o que ele tinha a dizer, e ela respondeu que “não ia escutar nada”. “O senhor vai passar muito bem e tomar no meio do seu c*”, falou.
Ao ser informada que seria levada à delegacia, a agressora atingiu o policial no rosto e foi derrubada.
O caso foi registrado como injúria racial, injúria, resistência e desacato no 91° DP (Ceasa). Rita Aparecida Longhini teve a prisão em flagrante convertida em preventiva no dia 1.
À Justiça, segundo apurado pelo g1, a defesa dela tentou a liberdade, alegando que ela é dependente de álcool e de entorpecentes, além de possuir transtorno de borderline.
Um relatório do médico que diz que ela é acompanhada desde maio deste ano por dependência de álcool, cocaína e borderline —transtorno caracterizado principalmente pela instabilidade e alterações extremas de humor e impulsividade, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Ao g1, a rede Oxxo encaminhou uma nota sobre o caso:
“A rede OXXO confirma a ocorrência no último dia 31 de julho na loja localizada na Rua Caiubi, 1387. A companhia informa que acionou imediatamente as autoridades competentes e que está prestando todo o suporte aos colaboradores envolvidos.”
A defesa da suspeita não respondeu aos questionamentos até a última atualização.
Fonte: G1