Bairro de Duque de Caxias alaga após abertura de comportas de represa, dizem moradores

Moradores do bairro Amapá, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram flagradas caminhando por ruas alagadas na manhã desta segunda-feira (15). Algumas pessoas estavam com o nível de água na altura do peito. Outros subiram nos telhados das casas e acenavam para os helicópteros, pedindo ajuda.

Desde domingo, cidades da Região Metropolitana do Rio sofrem o efeito de fortes chuvas, que provocaram a morte de 11 pessoas. Até a manhã desta segunda-feira, uma mulher seguia desaparecida. As mortes foram causadas por afogamento, descarga elétrica e soterramento. Há possibilidade de mais chuva nesta tarde.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a decretar situação de emergência na capital. O temporal alagou vias e afetou a operação de linhas de ônibus e do metrô no Grande Rio no domingo. O Hospital Ronaldo Gazolla, na capital, teve o subsolo inundado e ficou sem energia. Alguns concursos e provas marcados para este domingo foram cancelados.

Rio transbordou em Duque de Caxias
Quem vive na região alagada de Duque de Caxias conta que o lugar não estava tomado pela água até a manhã de domingo. No entanto, depois das 13h, a água do Rio Capivari começou a transbordar, tomar as ruas e invadir as casas.

Os moradores contam que os bueiros também começaram a transbordar. O bairro fica no quarto distrito da cidade, na divisa com Belford Roxo, perto da Represa do Garrão.

A Prefeitura de Duque de Caxias informou que não há registro de abertura de comportas de represas por parte da administração municipal. A TV Globo tentava contato com concessionárias até a última atualização desta reportagem.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que equipes estão indo até os bairros São Bento e Amapá para verificarem a denúncia de moradores de que um comporta havia sido aberta, causando o alagamento dos bairros.

Eles contam que, quando chove, o nível da represa sobe muito e as comportas são abertas para aliviar o transbordamento.

Pessoas estão desabrigadas e sendo acolhidas em um Ciep, que é o único lugar seco do bairro. Os moradores reclamam da falta de informações e de respostas. Algumas pessoas usam barcos e caiaques para circular pelo bairro.

Ao g1, o presidente do Inea, Philipe Campello, informou que agentes estão em vários pontos da Baixada Fluminense com máquinas e verificando por que a água ainda não baixou.

“A maré está alta e isso é um dos problemas (que faz com que a água não abaixe). Estamos percorrendo a Baixada para entender se há outros problemas e quais são para resolvermos. O volume de chuva no Rio de Janeiro foi muito grande. Foram mais de 260 milímetros de chuva em 24 horas. Isso equivale a um mês inteiro de janeiro em um único dia”, disse Campello.

Buscas
O Corpo de Bombeiros segue nas buscas por uma mulher que desapareceu após o carro onde ela estava ter caído no Rio Botas na noite de sábado (13). O veículo foi arrastado pela enxurrada na altura da Rua Doze, no bairro Andrade Araújo, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Previsão do tempo
De acordo com a Climatempo, o Estado do Rio de Janeiro pode ter pancadas de chuva à tarde e à noite nesta segunda-feira (15), que deve começar com sol e nuvens.

A Zona Norte da capital e municípios da Baixada estão entre as áreas mais atingidas pelo temporal. Além das mortes, a chuva provocou prejuízos materiais para moradores de vários pontos da Região Metropolitana.

Fonte: G1

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