Banheiro de universidade em SP é pichado com frase ‘a PUC não é pra árabe’

Um dos banheiros da instituição Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) foi pichado com uma frase contra árabes na segunda-feira (17). Reitoria diz que apura caso com urgência.

Acompanhadas por estrelas de David, símbolo do judaísmo, as frases “Hora de limpar p RI”, em referência ao professor de Relações Internacionais Reginaldo Nasser, que tem ascendência árabe, e “a PUC não é pra árabe”, a “PUC é nossa” e “a reitoria é nossa” foram escritas no banheiro.

Para Nasser, a PUC não está sabendo lidar com situações como a que viveu.

“[Sentimento] de constrangimento evidente, pois quem garante que eu não possa ser agredido fisicamente em sala de aula. A instituição não está sabendo lidar com o problema. Aliás, a questão do racismo contra negros e pobres é muito mais frequente e grave do que essa”, disse.

A pichação foi divulgada pelo professor, em suas redes sociais, e respostada em outros perfis, como o da Federação Árabe Palestina (Fepal) e do coletivo Estudantil em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP) da PUC.

Em nota, a reitoria da PUC-SP informou que o caso será apurado internamente com maior urgência.

A instituição emitiu outra nota de posicionamento em sua rede social informando que a frase “escrita anonimamente em um dos banheiros da Universidade, já foi devidamente apagada” e as “ofensas atrás de anonimato denotam covardia.”

Em sua publicação, Nasser também disse que a Fundasp, mantenedora da faculdade, “abriu recentemente um inquérito sobre acusação de antissemitismo contra ele e o professor Bruno Huberman”, que não resultou em punição. Outras pessoas se solidarizaram com o educador e mostraram-se horrorizados com a situação.

A Fundasp disse que investigou o suposto caso de antissemitismo, mas não identificou situação que justificasse aplicação de medida disciplinar.

“A Fundação São Paulo, fiel à sua vocação de educar para o Humanismo e repudiando toda forma de discriminação, apurou, por meio de seu Setor de Integridade, denúncias feitas por alunos sobre possíveis comportamentos antissemitas ocorridos no interior da sua mantida, a PUC-SP. Após criteriosa coleta e análise de depoimentos, documentos, vídeos e outros materiais, o Setor de Integridade concluiu que “não foram identificadas situações no âmbito institucional que justificassem a aplicação de medidas disciplinares a docentes ou discentes.”

Fonte: G1

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