Bastidores: como o São Paulo tenta manter normalidade e evitar crise após duas derrotas seguidas

por Redação

A temperatura externa do Morumbis aumentou com as duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro. Depois de 13 partidas sem perder, o São Paulo não vence há quatro rodadas e se afastou do topo da tabela de classificação do Brasileirão (está em nono lugar, com 15 pontos), mas tenta minimizar preocupações de torcedores.

A segunda-feira de reapresentação no CT da Barra Funda. Depois da folga de domingo, o elenco do São Paulo treinou normalmente. Houve um papo considerado comum da diretoria com a comissão técnica, como costuma acontecer às segundas desde a mais recente passagem de Rogério Ceni pelo clube.

Nessa conversa, diretoria e Zubeldía debateram o planejamento para as próximas partidas, o calendário do São Paulo no futuro próximo e a importância de chegar ao fim de julho, quando a Copa do Brasil e a Conmebol Libertadores voltam a ser disputadas, com uma tranquilidade no Campeonato Brasileiro.

Por isso, a tendência é que o Tricolor, nas próximas rodadas, entre com força máxima, sem preservar jogadores. Diante do Cuiabá e do Vasco, as únicas derrotas com Zubeldía no banco, o São Paulo foi a campo sem titulares considerados importantes – o técnico temia perdê-los por lesão.

No primeiro jogo, no Morumbis, o treinador decidiu preservar Lucas e Nestor, que ficaram no banco de reservas e entraram no segundo tempo. Diante do Vasco, Arboleda e Luciano sequer viajaram para o Rio de Janeiro, enquanto Calleri foi substituído no intervalo. Todos por causa de desgaste físico.

A frequência de jogadores preservados deve diminuir nas próximas rodadas.

Enquanto isso, nas redes sociais, o São Paulo vê crescer teses entre torcedores de que há uma insatisfação com o trabalho do técnico Luis Zubeldía. O clube tenta amenizar as especulações e dá respaldo para o treinador, que, até pouco tempo, era quase unanimidade entre são-paulinos por causa da sequência de 12 partidas sem derrotas e a evolução em campo.

Apesar da ciência de que há uma queda de rendimento, o São Paulo entende que não há um problema maior do que especificamente a oscilação no Campeonato Brasileiro. Acredita-se que seja uma questão de “campo-bola”. Não há relatos internos de problema de relacionamento entre elenco e comissão técnica.

Na segunda-feira, por exemplo, o São Paulo realizou um treinamento dividido em três partes. A última seria apenas com atletas que não entraram em campo contra o Vasco, mas o atacante Calleri, que foi titular e substituído no intervalo, pediu para também realizar desta atividade.

Um fato que foi debatido internamente, e também não proporcionou grandes ecos, foi a conversa entre o zagueiro Sabino e o preparador físico Adriano Titton Garcia, durante a partida contra o Vasco.

De acordo com o repórter Ricardo Lay, da Globo, na transmissão do confronto, Sabino, que estava no banco de reservas, contestou o profissional da comissão técnica ao ser chamado para aquecer pela segunda vez.

O ge consultou um dirigente tricolor nesta segunda-feira e ouviu que Adriano Titton Garcia não fez nenhuma queixa a respeito da conversa que teve com o jogador. O caso, então, foi encerrado.

O São Paulo tenta lidar, agora, com problemas dentro de campo. O técnico Luis Zubeldía tem tido dificuldade para escalar o Tricolor nas últimas rodadas e encaixar as peças de meio de campo.

Na derrota para o Vasco, o treinador ainda perdeu o meia Nestor, que deixou o gramado com dores na coxa direita e passou por exames nesta segunda-feira para saber a gravidade do problema.

A boa notícia para o São Paulo, em meio à falta de vitórias, é o retorno de Alisson, titular absoluto e que cumpriu suspensão diante do Vasco. Ele deve formar dupla com Luiz Gustavo no meio de campo tricolor nesta quinta-feira, contra o Criciúma, às 20h (de Brasília), no Morumbis.

Fonte: GE

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