Bernardinho vê Brasil sem peso, mas liga alerta para quartas: “Jogo mais tenso em Olimpíadas”

por Redação

O Brasil fez a lição de casa, venceu o Egito por 3 sets a 0 e avançou às quartas de final das Olimpíadas de Paris, que serão disputadas na próxima segunda-feira (5). O adversário ainda não está definido, mas será o líder de algum grupo. Por isso, o técnico Bernardinho entende que a seleção verde e amarela não carrega o peso do favoritismo. Ainda assim, vê os brasileiros fortes na disputa e cientes do que ainda precisam melhorar.

– Quartas de final sempre são o jogo mais tenso em Olimpíadas. Têm um lado emocional, mas quem vem de lá tem o peso de um certo favoritismo. Nós vamos com a ideia de provar uma qualidade histórica do Brasil e mostrar que temos condições de brigar com todos que estão ali. Mostramos isso nas partidas (até agora). Está faltando aquele golpe final, reencontrar o caminho dele contra quem quer que seja – disse Bernardinho.

A busca por esse golpe final povoa os pensamentos do técnico e de jogadores da seleção brasileira, especialmente os mais experientes.

– Quando nos juntamos, o Lucão falou o seguinte: ‘ganhamos de quem tínhamos que ganhar (Egito), perdemos quando tínhamos que brigar (Itália e Polônia). Estamos um passo atrás e temos que continuar crescendo’. As perguntas são: onde podemos melhorar? Como a gente faz para ganhar aqueles pontos que faltaram contra a Polônia? Como vamos buscar os dois sets que deixamos contra a Itália? Essa tem que ser a nossa busca hoje, amanhã, domingo, para na segunda-feira entregarmos – comentou Bernardinho.

As palavras do técnico encontraram coro em declarações de Bruninho. O capitão tem uma longa história na seleção brasileira e disputa sua quinta edição de Olimpíadas. Esses anos representando a equipe nacional permitiram que o levantador jogasse junto e contra diferentes gerações.

Com essa experiência, Bruninho afirmou que nunca viu Jogos Olímpicos tão disputados quanto esses de Paris. Ainda ressaltou que o vôlei se tornou mais físico, com pancadas nos ataques. Ainda assim, o levantador vê o Brasil na disputa:

– As pessoas perguntam como é a pressão, a responsabilidade. É a seleção brasileira de vôlei, que nos últimos 24 anos tem chegado. Enfrentamos as duas melhores seleções, as duas favoritas (Itália e Polônia) desse último ciclo olímpico. Estivemos perto delas, mas faltava alguma coisinha. Temos que buscar a cada jogo, não importando o adversário. Em relação à confiança, sabemos que é pedreira, que seis, sete podem chegar a uma medalha olímpica. E nós estamos no bolo. Temos que acreditar nisso. Não podemos perder a nossa cara.

Fonte: GE

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