Botafogo confirma rótulo de time vencedor, chega à redenção e conquista tri do Brasileirão

O Botafogo só dependia de si para voltar a erguer uma taça do Campeonato Brasileiro, depois de 29 anos. E em um domingo especial, com o Nilton Santos lotado, na última rodada da competição, o time de Artur Jorge fez mais do que precisava para reconquistar o título nacional ao vencer o São Paulo por 2 a 1, com gols de Savarino e Gregore.

Bastava um empate para não depender do resultado entre Palmeiras e Fluminense, em São Paulo. Aos 36 minutos de jogo, a torcida vibrou com a informação do gol do rival, anotado por Serna. Um minuto depois, Savarino abriu o placar para o Alvinegro e ampliava a distância para seis pontos em relação aos paulistas, mantida ao término da última rodada.

O Botafogo tinha três desfalques na defesa – os zagueiros Bastos e Barboza, e o lateral-direito Vitinho. Mesmo precisando apenas da igualdade no placar e às vésperas da estreia no Intercontinental, no Catar, Artur Jorge mandou a campo o que tinha de melhor.

Talvez potencializado pelo calor excessivo, o time parecia mais relaxado em campo nos minutos iniciais – e até readaptando a saída de bola com um setor defesivo quase novo em sua totalidade. As tentativas de chegada ao ataque partiam, principalmente, pelo corredor direito de Luiz Henrique. Ajudado por Mateo Ponte, “presenteado” com a vaga no fim de temporada, foi dali que surgiram as principais chances do time na etapa inicial.

Mas o gol que abriu o placar saiu de uma boa roubada de bola de Marlon Freitas pelo meio. O volante encontrou Igor Jesus mais à frente e tocou para Savarino. Dentro da área, ele chutou por cima de Jandrei e colocou o Alvinegro na frente.

Logo na sequência, Marlon, de novo, lançou Alex Telles na frente. O lateral finalizou rasteiro, mas o goleiro do São Paulo faz ótima defesa. No rebote, Igor chutou novamente, mas Ruan tirou quase de cima da linha o que poderia ser o gol de ainda mais tranquilidade ao Glorioso.

Empate, pressão e gol “redentor” de Gregore

O São Paulo não tinha mais nada para brigar no Brasileirão, mas nem por isso Jandrei deixou o Botafogo à vontade. No início do segundo tempo, o goleiro buscou um chute de Luiz Henrique no canto, em mais uma boa intervenção.

O domínio seguiu alvinegro. Porém, William Gomes aproveitou um erro de recuo de Marlon, que foi um dos melhores em campo pelo lado carioca, e deixou tudo igual.

Artur Jorge mexeu no time para dar descanso a quem já estava nitidamente desgastado pela rotina de decisões. Marlon, Savarino, Almada e Igor Jesus saíram de campo e deram lugar a Allan, Matheus Martins, Tchê Tchê e Tiquinho. Rafael, também entrou em campo, marcando sua aposentadoria.

A partir da segunda metade da etapa complementar, o Alvinegro tinha seis jogadores remanescentes de 2023 e que caminhavam para redenção. Assim como Gregore, expulso com 30 segundos uma semana antes na final da Libertadores, que nos acréscimos contra o São Paulo fez o gol do título.

Com o 2 a 1, o Botafogo confirmou o rótulo que adquiriu em 2024, de time vencedor, e que joga para buscar vitória independente das circunstâncias. O apito final no Nilton Santos deu continuidade ao coro de “é campeão” que se ouvia há uma semana, mas esse, em especial, pelo passado recente que agora, enfim, é uma página virada.

Esse Botafogo vencedor, que ergueu duas taças em 2024, está eternizado. Mesmo contra o um adversário frágil pela falta de pretensões, não sucumbiu ao comodismo. Fez valer o fator casa e se despediu com louvor, agora, rumo à Copa Intercontinental, para que o mundo possa desfrutar do que encantou o Brasil ao longo dos últimos sete meses.

Fonte: GE

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