Educação Brasileiro é premiado na maior feira científica do mundo, a ISEF Redação30 de maio de 2022025 visualizações O estudante Henrique Hissa, 17 anos, que concluiu o Ensino Médio no Colégio Dante Alighieri, conquistou o terceiro lugar na categoria de Sistemas de Software na Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), maior feira de ciências tecnologia e engenharia do mundo, que aconteceu esse ano em Atlanta, nos Estados Unidos. A feira, que teve inicio no dia 7 de maio e terminou no dia 13 de maio, quando anunciou os vencedores, reuniu 1.750 finalistas de 63 países. O projeto de Henrique, intitulado “Delevopment of Immersive Metaverses Applied to Astrobiology Teaching” (Desenvolvimento de tecnologias de alta imersão no ensino de Astrobiologia), começou a ser desenvolvido no início de 2019 e ganhou destaque ao longo dos últimos anos. No total, são mais de 20 prêmios, dentre eles o primeiro lugar na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE – 2020), organizado pela Universidade de São Paulo (USP), na categoria de Ciências Exatas e da Terra, o primeiro lugar na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (MOSTRATEC – 2021), o Prêmio Federação como o melhor projeto de Pré-Iniciação Científica do Estado de São Paulo e o National Youth Science Foundation, concedido pelo consulado americano. O projeto do estudante, que em setembro deste ano inicia seus estudos na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, foi desenvolvido dentro de um Programa de Pré-Iniciação Científica do Colégio Dante Alighieri, o “Cientista Aprendiz”. Com apoio de seu orientador de pesquisa, o professor Tiago Bodê, Henrique analisou as Habilidades e Competências da Base comum Curricular Nacional (BNCC) e desenvolveu um metaverso baseado nas Tecnologias de Alta Imersão para o ensino da matéria de Astrobiologia, campo científico interdisciplinar dedicado ao estudo da vida e da evolução no universo. Henrique se aprofundou nas bases teóricas da educação e lançou mão de uso das tecnologias de alta imersão para desenvolver seu projeto de pesquisa. “A pesquisa científica exige muito tempo e esforço e teve imenso valor na minha vida”, afirma o estudante, destacando o processo de autodescoberta. “Tive a oportunidade de estar em contato com diversas vertentes da computação e explorar novas ferramentas”, descreve ele.Perguntado sobre o que representa, para ele, esta premiação, Henrique diz: “Para mim, é o fruto não só dos meus esforços, mas também da ciência brasileira em geral! Como nós da delegação brasileira havíamos discutido na noite anterior à premiação, não é um cientista específico que está levando um prêmio, mas sim o país como um todo. Para mim, o prêmio representou um passo adiante no mundo da ciência, dizendo que o Brasil faz sim ciência, e faz direito!”, diz o jovem cientista. Os resultados mais recentes de sua pesquisa científica apresentam uma análise da familiaridade de professores e estudantes com a tecnologia, o design de uma proposta educacional de Astrobiologia dentro de uma sequência interativa em realidade virtual (VR) e vários desenvolvimentos de software para dar vida ao universo narrativo do metaverso. “Conseguimos criar uma fórmula para a geração infinita de terrenos no metaverso, projetar um novo sistema de interação VR, fazer novos modelos para a nave espacial, ferramentas e personagens humanos, criar animações para eles e gravar dublagens, usando Unreal Engine, Blender, Substance Painter, MetaHuman Creator, Brekel Body, Autodesk MotionBuilder e Audacity. Até agora, estamos testando o Ambiente de Alta Imersão junto de alunos e professores, e os resultados mostram que o desenvolvimento imersivo é viável e pode trazer contribuições notáveis para o Ensino Científico”, diz o jovem pesquisador. Seu orientador Tiago Bodê comemora o último feito de Henrique: “ A premiação é resultado de muita dedicação e resiliência. Ele é um ser humano maravilhoso e que está percorrendo um caminho muito bonito dentro da ciência. Como seu orientador, tento ajudá-lo em sua jornada científica para que seus sonhos possam inspirar um futuro em que a ciência saia da sala de aula e passe a fazer parte da vida das pessoas e da construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, diz o professor do Dante.