Segurança Caso Vitória: diretor da Polícia Civil aponta ‘coautoria de outros elementos’ em assassinato Redação10 de março de 2025015 visualizações A polícia de São Paulo caça os autores do crime bárbaro contra Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. Ela foi sequestrada quando voltava do trabalho na Grande São Paulo. A polícia encontrou o corpo dela uma semana depois, com marcas de violência. A família recebeu a equipe do Fantástico para contar como Vitória era uma jovem feliz e trabalhadora. Em casa, a família estava feliz com o novo emprego de Vitória. Era a caçula da família de seis irmãos. Vitória tinha deixado o colégio em função do trabalho, mas sonhava em voltar a estudar. Noite de quarta-feira, 26 de fevereiro. Vitória Regina deixou o shopping onde trabalhava, pegou um ônibus e seguiu para casa. Vinte minutos depois, Vitória apareceu atravessando a avenida. Ia pegar um segundo ônibus. Já no ponto, publicou uma foto em uma rede social e mandou a seguinte mensagem para uma amiga: Segundo a polícia, a imagem mostra a jovem e os dois rapazes embarcando no ônibus por volta da meia-noite. A viagem durou quase meia hora. Ao descer, Vitória estava mais tranquila: Essa era a rotina de Vitória na volta do trabalho. Pegava dois ônibus e, ao descer, era recebida pelo pai. Só que nesse dia, o carro dele estava quebrado e a jovem teria que caminhar sozinha por quase 1 km até chegar em casa. Logo depois de dar os primeiros passos, ela voltou a mandar mensagem de áudio para a amiga. O relógio marcava 0h30 e, a partir de então, ninguém mais soube do paradeiro dela. O bairro onde a jovem morava com a família fica em uma área rural de Cajamar. Mais de 100 pessoas, entre homens da Guarda Civil Metropolitana e policiais civis e militares, participaram das buscas. O corpo foi encontrado uma semana depois em uma área de mata fechada, localizada a cerca de 5 km da casa dela. Vitória foi morta com três facadas. Segundo a avaliação dos peritos, apresentava sinais de tortura e o assassinato teria ocorrido em outro local. Mas o cativeiro ainda não foi encontrado. Repórter: Uma pessoa sozinha não teria feito isso?Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil da Grande São Paulo: Ali tem participação e a coautoria de outros elementos. A polícia apontou como primeiro suspeito Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado de Vitória. Mas os investigadores apuraram que, no dia do desaparecimento, Vitória teria ligado para ele. Gustavo teve a prisão pedida, mas a Justiça negou alegando falta de provas. O rapaz se apresentou e, em um segundo depoimento, alegou que estava com outra pessoa naquela noite. Para a polícia, o ex-namorado segue como suspeito porque a geolocalização do celular apontou que ele estaria perto da casa de Vitória no momento do crime. Dezesseis pessoas já foram ouvidas, e o Fantástico teve acesso aos depoimentos. Pelo menos duas testemunhas indicaram a possível participação de Maicol Sales dos Santos. A primeira disse que viu o carro dele nas proximidades do local onde Vitória desapareceu. A perícia encontrou um fio de cabelo no veículo e um exame de DNA vai apontar se era ou não da vítima. Um outro depoimento indicou que havia movimentação no portão da casa de Maicol durante a madrugada do dia 27 de fevereiro. Ele foi preso na tarde de sábado (8). A terceira pessoa investigada é Daniel Lucas Pereira. O celular dele foi apreendido e já está na perícia. Foram feitas buscas na casa dele para a produção de novas provas. A polícia chegou a pedir a prisão dele também, mas a Justiça negou. Repórter: A polícia já sabe a motivação desse crime? Em depoimento à polícia, os três suspeitos negaram a participação no crime. Vitória foi enterrada na quinta-feira (6). Fonte: FANTÁSTICO