Acidente aéreo nos EUA Colisão aérea em Washington: investigação indica poucos controladores, e mergulhadores tentarão retirar destroços nesta sexta Redação31 de janeiro de 2025041 visualizações As equipes de resgate que trabalham no rio onde caíram o avião da American Airlines e o helicóptero militar dos Estados Unidos que colidiram no ar na noite de quarta-feira (29) pretendem retirar escombros das duas aeronaves do local da queda nesta sexta-feira (31), segundo autoridades locais. As caixas pretas e 28 corpos foram recuperados na quinta-feira (30) — 64 pessoas estavam a bordo do avião da American Airlines, e três, no helicóptero Black Hawk do Exército. Todas morreram, segundo disse na quinta-feira (30) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os trabalhos seguirão nesta sexta, embora estejam afetados por dificuldades por conta do frio extremo, que deixou o lago congelado e temperaturas que chegam a -4ºC. Ao longo do dia, mergulhadores pretendem retirar escmbros e mais corpos nesta sexta-feira, disse o Corpo de Bombeiros de Washington. “Durante a noite, os barcos permaneceram no local para buscas de segurança e de superfície de parceiros regionais locais, estaduais e federais”, disse um dos membros das equipes de resgate à agência de notícias Reuters. Em paralelo, a investigação sobre o caso, conduzida pelo Conselho Nacional de Transportes dos EUA e pela Agência de Aviação Civil dos EUA (FAA, na sigla em inglês) já levantou os primeiros indícios sobre a causa da batida, ocorrida em plena capital dos Estados Unidos e a poucos minutos da Casa Branca. Uma fonte local ouvida pela Reuters disse que apenas um controlador, em vez de dois, estava lidando com o tráfego local de aviões e helicópteros na quarta-feira à noite no aeroporto Ronald Reagan, de onde o avião da American Airlines se aproximava para pousar no momento da batida. Já o Conselho Nacional de Transportes começou a analisar as caixas pretas encontradas também na quinta pelas equipes de regaste. O conselho está estudando o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo do avião CRJ700, da American Airlines. Causas As autoridades não identificaram o motivo da colisão, que aconteceu enquanto o jato regional tentava pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington. Os militares disseram que a altitude máxima para a rota que o helicóptero estava tomando é de 200 pés (61 metros), mas ele pode ter voado mais alto. A colisão ocorreu a uma altitude de cerca de 300 pés, de acordo com o site de rastreamento de voos FlightRadar24. As comunicações de rádio mostraram que os controladores de tráfego aéreo alertaram o helicóptero sobre o jato se aproximando e ordenaram que ele mudasse de curso. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, em inglês), agência responsável pela investigação de acidentes aéreos dos EUA, disse nesta quinta-feira (30) que encontrou as caixas-pretas do Bombardier CRJ700 da American Airlines, que colidiu com um helicóptero militar e caiu em Washington. Segundo os investigadores, foram retirados do rio Potomac tanto o gravador de voz do cockpit quanto o gravador de dados de voo. Os equipamentos seguem agora para o laboratório do NTSB para avaliação. As caixas pretas dos aviões são essenciais para ajudar a elucidar as causas de desastres aéreos e, assim, auxiliar na prevenção deles. Por exemplo: as caixas pretas do voo 447 da AirFrance, que caiu no Atlântico em 2009, puderam ser localizadas quase dois anos depois da queda da aeronave que fazia o trajeto Rio-Paris. Os equipamentos são feitos de materiais ultra-resistentes. É esperado, portanto, que elas não tenham sido danificadas pela colisão e a queda no rio. Fonte: G1