Comércio de objetos de arte, bijuterias e antiguidades: as empresas que os espiões russos abriram no Brasil

Pelo menos três espiões russos investigados pela Polícia Federal (PF) abriram empresas no Rio de Janeiro por meio de uma identidade falsa brasileira. Conforme as apurações, os empreendimentos faziam parte do disfarce que eles mantinham no Brasil.

Vladimir Aleksandrovich Danilov possuía desde 2016 um comércio de antiguidades e objetos usados em um prédio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A empresa estava aberta no nome de Manuel Steinbruck Pereira – o pseudônimo que ele utilizava para passar despercebido pelas autoridades.

No mesmo endereço, Yekaterina Leonidovna Danilova, que se usava o nome de Adriana Silva Pereira, registrou uma micro-empresa de comércio de objetos de arte.

Os dois foram citados na reportagem publicada pelo New York Times na terça-feira como exemplo de que o Brasil se tornou uma “fábrica” de “espiões russos” que posteriormente eram enviados para outras partes do mundo. Danilov e Danilova viviam como um casal no Rio de Janeiro até fugirem para Portugal em 2018 — e desaparecerem.

As duas empresas registradas na Receita Federal constam como extintas.

Outro espião russo que mantinha negócios no Brasil era Artem Shmyrev, que usava o pseudônimo de Gerhard Daniel Campos Wittich. Ele tocava uma empresa de impressão 3D em Curicica, no Rio de Janeiro, que fornecia equipamentos de proteção individual durante a pandemia de Covid-19. Outra atividade da empresa era a venda de bijuterias, artesanatos e equipamentos de informática.

Segundo a matéria do NYT, ele morava em um apartamento de luxo no Rio com uma namorada brasileira, que não desconfiava da sua real identidade. Quando a PF estava fechando o cerco em cima dele, no fim de 2022, o agente disfarçado viajou à Malásia e não retornou mais ao Brasil.

Fonte: OGLOBO

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