A conta de água no estado de São Paulo sofreu reajuste de 9,56% a partir desta quarta-feira (10). O aumento é válido para as 368 cidades abastecidas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), inclusive a capital.
O reajuste nas tarifas de água e esgoto foi autorizado pela Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo). Publicada no Diário Oficial em 7 de abril, a medida é válida para os consumidores residenciais, comerciais, industriais e públicos.
Para o cálculo do reajuste, a agência levou em consideração dois componentes: a RTE (Revisão Tarifária Extraordinária) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
A RTE “restabeleceu as condições pré-pandemia de equilíbrio econômico-financeiro da empresa, garantindo a capacidade de investimento necessária para o atingimento da universalização e realização das demais benfeitorias pela Sabesp”, explica a Arsesp.
Confira o valor das tarifas para um consumo de até 10 m³ de água na região metropolitana de São Paulo:
- R$ 20,42 para R$ 22,38, na categoria residencial social;
- R$ 65,44 para R$ 71,70, na categoria residencial normal;
- R$ 131,40 para R$ 143,96, nas categorias comercial, industrial e pública.
Tarifa Social
Famílias em situação de vulnerabilidade e de baixa renda têm o direito de usufruir da tarifa social residencial, pagando um valor menor na conta de água. Para isso, é necessário atender a alguns critérios estipulados pela Sabesp:
- Renda familiar de até três salários mínimos;
- Ser morador de habitação com área útil construída até 60 m2;
- Ser consumidor de energia elétrica com consumo de até 170 kwh/mês
- Não haver débitos para o imóvel;
Pessoas desempregadas também podem ter acesso à tarifa social, seguindo os seguintes critérios:
- O consumo máximo deve ser de até 15 m3;
- Ser o titular da conta há mais de 90 dias;
- O último salário tenha sido de até três salários mínimos;
- Demissão não tenha ocorrido por justa causa;
- Não conter débitos ou débitos negociados;
- O tempo máximo do enquadramento será de 12 meses, não podendo ser renovado.
Privatização Sabesp
A Sabesp está no radar de possíveis privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), desde o início da campanha de eleição. Em 10 de abril, o político apresentou um balanço dos 100 dias de governo.
Durante a apresentação, Tarcísio autorizou a Secretaria de Parcerias e Investimentos a investir em uma agência do Banco Mundial para a realização de pesquisas sobre os benefícios da concessão da Sabesp.
Entretanto, de acordo com uma pesquisa do Datafolha, 53% dos paulistas são contrários a privatização da companhia. Em relação à realização de parceria com empresas privadas para trabalho público em geral, 42% dos entrevistados foram a favor.
Fonte: r7