O gol de Gustavo Henrique no fim fez o Corinthians terminar a partida contra o Juventude com a sensação de que a vaga nas semifinais da Copa do Brasil é possível. Ao mesmo tempo, o que se viu ao longo de 90 minutos (mais acréscimos e apagão) só reforçou o quão difícil será a salvação no Campeonato Brasileiro.
Em sua terceira derrota consecutiva, o Corinthians mudou um pouco o roteiro. Dessa vez, não pode se queixar de falta de sorte ou botar toda a culpa nos atacantes que perdem gols. No Alfredo Jaconi, o Timão jogou mal, apesar de ligeira melhora no segundo tempo.
É verdade que o técnico Ramón Díaz não escalou alguns de seus titulares. André Ramalho, Rodrigo Garro, Talles Magno… Mas também não dá para dizer que jogou com reservas. Até porque, após um mês e meio de trabalho, o argentino parece ainda não ter encontrado seus 11 ideais.
Pedro Raul, que havia sido titular em três dos últimos quatro jogos, nem sequer ficou no banco de reservas. José Martínez, anunciado na segunda-feira, estreou iniciando a partida. Já na defesa, a linha de cinco foi desmanchada, e Félix Torres e Gustavo Henrique voltaram a formar dupla depois de quatro meses.
No 4-3-3, com Pedro Henrique e Romero aberto na frente e Yuri Alberto centralizado, o Corinthians esbarrou em erros técnicos, alguns primários.
Igor Coronado conseguia encontrar passes, mas sentia falta de parceiros mais qualificados no meio de campo para se associar. Raniele e Martínez oferecem muita marcação, mas entregam pouquíssimo na saída de bola e na criação.
Não fossem duas grandes defesas de Hugo Souza, o Corinthians poderia ter saído atrás no placar já na etapa inicial.
Ramón percebeu as dificuldades do time e refez a estratégia no intervalo. Retomou a linha de três na zaga, colocou um lateral-esquerdo mais ofensivo (Matheus Bidu no lugar de Hugo) e armou um ataque com dois finalizadores, Yuri Alberto e Héctor Hernández, outro estreante.
Em seu melhor momento (o que também não representava nada excepcional), o Corinthians foi vazado em uma trapalhada de seu sistema defensivo, com menção especial a Hugo Souza e André Ramalho. O zagueiro voltaria a bobear no lance do segundo gol do Juventude, dando condição para Danilo Boza marcar.
Ao diminuir aos 47 minutos, a equipe de Ramón Díaz renasceu no duelo, já que agora terá de reverter a vantagem mínima na Neo Química Arena, daqui a duas semanas.
Estatísticas da partida: Juventude x Corinthians:
Posse de bola: 54 x 46%
Finalizações: 16 x 11
Finalizações no alvo: 5 x 4
Passes completos: 330 x 277
Passes incompletos: 96 x 78
Desarmes: 14 x 9
Dribles: 4 x 1
Faltas cometidas: 14 x 12
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Torcida, tradição, fator casa… não faltam motivos para crer numa virada na partida de volta. Difícil é olhar a tabela do Brasileirão com otimismo e confiar que, jogando dessa forma, o Corinthians conseguirá os mais de 20 pontos necessários para fugir do rebaixamento.
Fonte: GE