Corpo de Danilo Santos de Miranda é velado no Sesc Pompeia, na Zona Oeste de SP

O corpo do sociólogo, filósofo, ex-seminarista e diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, é velado no teatro do Sesc Pompeia, na Zona Oeste da capital paulista, na manhã desta segunda-feira (30).

Miranda morreu neste domingo (29), aos 80 anos. Ele estava internado desde o começo de outubro. A causa da morte não foi revelada.

O velório começou restrito à família, às 8h, e será aberto após as 10h para o público em geral. Às 17h, ele será cremado no Cemitério Horto da Paz.

Biografia
Natural de Campos dos Goytacazes, estado do Rio de Janeiro, Miranda perdeu a mãe aos sete anos de idade e passou a ser criado pelos avós.

Por influência da avó católica, entrou em seminário jesuíta em Friburgo, aos 11 anos. Na unidade, começou a estudar diferentes áreas e a participar de atividades culturais.

Já em São Paulo, estudou religião e filosofia em mosteiro em Indaiatuba, no interior, e ciências sociais, na capital.

Legado cultural
Danilo dedicou 55 anos de sua vida ao Sesc SP, uma das instituições culturais mais importantes do Brasil, estando à frente da Diretoria Regional da instituição desde 1984.

Ao longo deste período, o filósofo abriu diversas unidades em todo o estado. A última delas foi inaugurada na semana passada, na Casa Verde, Zona Norte da capital paulista.

É considerado um dos grandes nomes da cultura contemporânea do país por seu trabalho na ampliação de atividades culturais, esportivas e educacionais, e por sua defesa do acesso a partir de políticas públicas.

Em 2012, o trabalho dele à frente do Sesc rendeu uma reportagem no The New York Times, um dos principais jornais dos Estados Unidos.

Em entrevista ao Programa do Bial, em junho de 2021, Miranda defendeu a inclusão das pessoas nas artes e nos esportes, e a diversidade, como os principais legados da instituição.

“A cultura é transversal, esta presente em todas as manifestações publicas do poder, inclusive nas questões ligadas a própria economia, a administração dos processos. A educação nem se fala. A educação não se faz sem ter a presença da cultura como elemento vital, central, fundamental. Cultura e educação são irmãs siamesas, como uma moeda com duas faces. A cultura pra mim tem um caráter muito mais profundo, muito mais amplo do que muitas vezes se dá”, afirmou.

Fonte: G1

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