Corpo é encontrado esquartejado em apartamento em Belo Horizonte

A Policia Civil investiga de quem é o corpo esquartejado, encontrado em sacos de lixo, dentro de um apartamento, no bairro Santo Antônio na região centro-sul de Belo Horizonte na noite de domingo (05).

Segundo a Polícia Militar, a advogada de um jovem que sofre de esquizofrenia e, seria o principal suspeito do crime , foi quem avisou os militares via 190. Ela contou aos policiais, que seu cliente ligou para ela informado que havia assassinado um homem, e que seu corpo estava dentro do seu apartamento localizado na rua Congonhas. O relato foi feito pouco depois do suspeito se internar em um Hospital Psiquiátrico no bairro Santa Efigênia, na região leste da capital mineira.

Os militares foram ao local em companhia da advogada e, ao entrarem no imóvel, sentiram um forte odor vindo do banheiro. Em sacos plásticos de lixo preto, os militares encontraram partes do corpo da vítima do sexo masculino. Uma serra elétrica com vestígios de sangue foi apreendida no local pela perícia da Polícia Civil. Eles acreditam que a máquina foi usada para cortar o corpo.

A PM teve acesso as imagens das câmeras de segurança do edifício. Na gravação da madrugada do dia primeiro de fevereiro, o morador aparece acompanhado de um homem, uma pessoa em situação de rua. Ao analisarem as imagens, os militares constataram que essa pessoa não saiu do local, o que sugere que o corpo encontrado no apartamento seria dessa vítima que ainda não foi identificada.

Moradores do prédio informaram aos militares que ouviram há alguns dias um barulho muito alto de ferramentas vindo do apartamento do suspeito. Eles chegaram a reclamar com o síndico, porém nada teria sido constatado.

Histórico

O jovem, de 23 anos, já havia confessado autoria de outro crime, ocorrido em julho de 2017 na região do Barreiro, também em BH. Na ocasião, ele teria 17 anos e após se entregar a Polícia Militar, ele assumiu que matou a própria mãe. A vítima Rachel Alves Peixoto Rodrigues, de 48 anos, foi encontrada amordaçada e amarrada com fita crepe e usava uma espécie de máscara. O Jornalismo da Record TV Minas conversou a época com o padrasto do então adolescente e disse que seu enteado tinha problemas mentais e tomava remédios controlados.

Ele contou ainda que, no dia do crime, estava no trabalho quando teve um mau pressentimento. Ao chegar em casa, não viu a mulher, mas desconfiado, resolveu arrombar a janela do quarto do enteado, onde encontrou o corpo da advogada caído, já sem vida. Segundo a família, Raquel tinha deixado de trabalhar pra cuidar do filho. Quando a polícia chegou no local, o jovem não estava em casa. Ele havia desaparecido sem dar notícias. Alguns dias depois, o jovem compareceu a uma delegacia de policia em companhia do pai e se entregou.

De acordo com a Polícia Militar, ele ficou detido em um centro prisional para menores infratores por um ano. Após cumprir a pena , ele foi morar no apartamento alugado no bairro Santo Antônio. O jovem não teria envolvimento com drogas, porém os vizinhos disseram que ele tinha sempre um comportamento estranho.

A Polícia ainda tenta identificar a vítima assasinada e qual teria sido a motivação do crime.

Fonte: Com informações da Agência Estado