Crianças apaixonadas pela GCM recebem surpresas dos agentes

por Redação

Bryan Vieira, uma criança autista de sete anos, e Theo Azevedo, de seis anos, realizaram um sonho em comum nesta semana ao receberem surpresas da corporação pela qual são apaixonados, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos. As equipes planejaram as visitas após as mães entrarem em contato e relatarem que os meninos alegravam-se ao avistar os agentes em suas fardas, as viaturas em ronda e ouvir o som das sirenes.

Nesta quarta-feira (24) Bryan saiu de sua casa no Jardim Presidente Dutra com destino à sede da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), no bairro Torres Tibagy, onde foi surpreendido com presentes e teve a chance de cumprimentar os guardas com continências, subir nas motocicletas, entrar nos carros, vestir o quepe e ligar as sirenes à vontade. Ao bater papo com os agentes, ele confidenciou que trabalhará como eles ao crescer.

Esse sonho é incentivado pela mãe, Elaine Moreira. “Ele foi diagnosticado com autismo lá pelos quatro ou cinco anos. Antes ele não falava nada, era não-verbal, não gostava de barulho. Após o diagnóstico e algumas terapias observamos que ele ouvia uma sirene e já ficava atento, então eu o levava na rua e falava ‘olha, é a polícia’. Ele tem um hiperfoco com isso que é inexplicável”, contou Elaine.

Já o pequeno Theo não pôde acreditar quando os guardas apareceram após o expediente com um bolo para surpreendê-lo no dia de seu aniversário, na segunda-feira (22). “Ele ficou muito emocionado, chorava muito, colocava as mãos na cabeça, desacreditado, e abraçou todos os agentes”, contou a mãe, Kassia Cyrillo, que trabalha em uma lanchonete em frente à Romu e presenciava constantemente o encantamento do filho com a proximidade do serviço. “Não sei nem explicar, a emoção que vivemos na segunda-feira nunca vimos antes. É um amor genuíno que ele possui (pela corporação), não foi ensinado, é dele”, completou.

O comandante da Romu, Élcio Garcia, destacou que o trabalho humanizado e a proximidade com a comunidade são as missões principais da GCM. Para ele, a recepção alegre e a admiração das crianças ao reconhecê-los no dia a dia de trabalho recarregam as energias das equipes para a rotina árdua.

Acolhimento às paixões infantis

As visitas fazem parte de ações socioeducativas e humanizadas da GCM que visam ao estabelecimento de um elo de confiança com crianças, adolescentes e a comunidade escolar (pais, alunos e educadores), que têm a ronda sempre próxima fora e dentro das escolas com o Guard, que forma milhares de estudantes anualmente em lições de cidadania, combate à violência e resistência às drogas.

Na faixa etária de Bryan e Theo as ações estimulam uma fase marcante para o desenvolvimento da personalidade e para discernir sentimentos e regras. “Essa convivência incentiva um projeto de vida, pois é o momento em que a criança começa a vislumbrar o que admira”, explica a orientadora educacional Kátia Baleeiro Souza.

A orientadora esclarece ainda que no caso de crianças neurodivergentes o acolhimento equilibrado aos temas que captam hiperfoco é uma ferramenta para superar limitações e facilitar as decisões que surgem na adolescência para o futuro, como é o caso de Bryan, que sonha em guardar e proteger a sociedade por meio da segurança pública.

“Ele tem autismo e pode estar onde quiser. Esse estímulo é importantíssimo para que se sinta incluído e enxergue as possibilidades de crescimento”, completou a subsecretária de Acessibilidade e Inclusão de Guarulhos, Mayara Maia.

Fotos: Divulgação/PMG

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