Defesa de Ronnie Lessa pede transferência para facilitar visitas e trabalho na cadeia

A defesa de Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido para que ele seja transferido de unidade prisional em Tremembé. A petição alega que ele está “isolado do convívio social e do contato físico com sua família”, além de impossibilitado de atividades como “trabalho interno, oficinas técnicas, ensino superior à distância, assistir a palestras, cursos”.

No pedido encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados argumentam que o pavilhão em que Lessa está atualmente se equipara à Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). O ex-policial está na unidade de segurança máxima Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, chamada de P1, no sistema do estado de São Paulo.

A P2, penitenciária Dr. José Augusto Salgado, para qual a defesa pede que ele seja levado, é conhecida por abrigar presos famosos como Alexandre Nardoni; Lindemberg Alves, do caso Eloá; e o ex-jogador Robinho. Também já passaram pelas instalações Daniel e Christian Cravinhos, do caso Richthofen; e Antônio Pimenta Neves, condenado pelo feminicídio de Sandra Gomide.

De acordo com o documento entregue pela defesa, Lessa tem “o perfil” da P2 por ser ex-militar. “A referida penitenciária já abrigou diversos ex-policiais acusados de participação em grupos de extermínio, inclusive, o da maior chacina da história de São Paulo”, argumentam os advogados, remetendo ao caso do grupo de extermínio que matou 17 pessoas e feriu outras sete em Osasco e Barueri, em 2015. Enquanto isso, a P1 é conhecida por ter integrantes do crime organizado e por enfrentar um processo de superlotação.

A defesa diz ainda que o pedido é para o cumprimento da pena “de forma justa, em um local reconhecido nacionalmente por assegurar a segurança e o convívio dos internos, proporcionando condições para a ressocialização”.

STF tornou conteúdo da delação público há um mês
Na delação, cujo sigilo foi retirado em junho deste ano, Lessa disse que matar o motorista da vereadora Marielle Franco, Anderson Gomes, não era a finalidade. Ele contou que o plano era matar a vereadora no local onde ela estava, antes de entrar no carro. Entretanto, ele lembrou que a rua era na esquina da polícia civil.

Apontados como mandantes do assassinato da vereadora, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos em março, em uma operação da Polícia Federal, com participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Lessa teria afirmado que o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo e a ex-assessora dele, Marielle Franco. Os três, segundo os investigadores, travavam disputas na área política do estado.

Fonte: r7

Notícias Relacionadas

Moraes vai mandar inquérito do golpe à Procuradoria Geral da República na segunda (25), e deve manter sigilo

Quanto ganham celebridades e influenciadores brasileiros por post? Especialista revela tendências e cifras milionárias para 2025

Expedição à Antártica liderada pelo Brasil parte nesta sexta; pesquisa estuda o impacto das mudanças climáticas nas geleiras