O Corinthians teve uma noite para ser esquecida no Morumbis. O Timão empilhou falhas individuais, foi derrotado pelo São Paulo, por 3 a 1, e, de quebra, ouviu mais de 54 mil pessoas gritando “olé” durante os minutos finais do Majestoso. O desempenho deixou claro que há fragilidades defensivas que precisam ser consertadas.
Um bom exemplo disto é o primeiro gol anotado pelo São Paulo, quando Matheuzinho não conseguiu barrar a corrida de impulsão de Lucas Moura, mesmo estando posicionado na marca do pênalti justamente com esse propósito. Na sequência do lance, o são-paulino, de 1,72m de altura, ganhou a dividida com Cacá (1,85m) pelo alto para balançar a rede corintiana.
Evidentemente que o camisa 7 do rival teve seus méritos na jogada, mas esse é o tipo de lance que pode ser evitado com repetição, treinamento, correção de movimento e entrosamento entre os defensores.
A fragilidade do Corinthians nas bolas aéreas está longe de ser uma novidade, ela foi apenas acentuada no Majestoso. Afinal, dos seis gols sofridos pelo Timão no Campeonato Paulista, três deles saíram deste tipo de jogada.
Além disto, o clássico no Morumbis expôs outras questões importantes para o futuro do Corinthians, como desatenção na saída de bola (segundo gol do São Paulo), falhas de cobertura (terceiro gol) e a criação de buracos no meio de campo que podem gerar contra-ataques.
Não à toa, o São Paulo saiu vencedor do clássico. O time do Morumbi soube se aproveitar muito bem de todas essas fragilidades e, ainda por cima, contou com uma péssima noite dos dois zagueiros corintianos.
O resultado do Majestoso é um sinal de alerta. O Corinthians tem três semanas de preparação para a estreia na Conmebol Libertadores e, até lá, terá outros dois clássicos com, respectivamente, Palmeiras e Santos.
O elenco tem muito potencial, o sistema ofensivo é um dos melhores do país e o Corinthians segue como um dos favoritos ao título do Paulistão. Por outro lado, aquela ideia de um time imbatível cultuada por alguns torcedores caiu por terra no Majestoso.
Fonte: GE