“Desconfiei dessa mulher desde o começo. Quando levanto e vou até minha amiga, ela olha pra mim. É a única pessoa acordada, as demais estão dormindo, e não esboça nenhuma reação.”
Stefani Firmo, 23, cujo rosto foi cortado enquanto dormia em uma viagem de ônibus de Recife (PE) para Salvador (BA), junta as peças do ataque contra ela e acredita que a atual suspeita seja mesmo a responsável pelo crime.
A mulher de quem ela fala foi encontrada pela polícia com uma faca e viajou na poltrona atrás da vítima, mas acabou liberada por falta de evidências, na avaliação da investigação.
No entanto, a estudante de enfermagem considera haver elementos suficientes para a resolução do caso.
Stefani conta que, antes de ser atacada, teve a sensação de que alguém mexeu em seu cabelo, e sentiu receio de que a mulher sentada atrás o cortasse. Em seguida, embora ressabiada, se cobriu com o edredom até o pescoço e adormeceu. Dormindo, recebeu o golpe no rosto.
“Esperava no mínimo uma surpresa, uma expressão de espanto, mas ela realmente age com frieza. Depois que vejo que foi um corte intencional e mesmo as evidências só afirmavam essa minha intuição. O comportamento dela após o ocorrido e os objetos encontrados com ela, para mim, estava claro que era culpada”, pondera a jovem.
Outro fato que chamou sua atenção foi a reação quase unânime dos passageiros de ajudá-la. A única exceção veio justamente da suspeita pelo crime, segundo a vítima:
“Então, [depois do ataque] teve essa mobilização dos passageiros, exceto dessa mulher. Se fazia de desentendida. Minha amiga foi até ela e perguntou se tinha visto alguma coisa, e a mulher disse que não sabia o que estava acontecendo e que estava falando com a filha.”
Com a repercussão do ataque e o vídeo do ataque divulgado, a estudante espera que as investigações avancem para confirmar quem de fato cometeu o crime. “Agora a justiça tem que ser feita”, afirma.
Fonte: Com informações da Agência Estado