Dinheiro esquecido inclui R$ 2 bilhões de pessoas que já morreram; saiba resgatar

O serviço de dinheiro esquecido em instituições financeiras tem R$ 7,3 bilhões para ser devolvidos. Segundo o Banco Central, desse total, R$ 2.085.845.861,52 são de pessoas que já morreram, o que corresponde a 32% dos valores.

Para solicitar e receber esses valores, no entanto, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal.

Quem quer saber se tem algum valor a receber, inclusive de pessoas falecidas, deve consultar o SVR (Sistema Valores a Receber), no site valoresareceber.bcb.gov.br, que também tem informações sobre como solicitar a devolução do dinheiro.

“É importante esclarecer que o sistema exibe informações (inclusive faixa de valores) a usuários herdeiros, inventariantes e procuradores que dão o ‘de acordo’ em Termo de Responsabilidade no SVR. De posse dessas informações, eles podem entrar em contato com as instituições para verificar como resgatar os valores”, informou o BC, em nota.

A consulta dos valores e a solicitação para resgatar o dinheiro é feita exclusivamente por meio do site do Banco Central. O órgão afirma que todos os serviços do sistema são totalmente gratuitos e que a população não deve fazer nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores.

Como consultar

  • Entre no site do Banco Central, no link valoresareceber.bcb.gov.br.
  • Clique em “Consulte valores a receber”.
  • Preencha os dados solicitados (CPF e data de nascimento da pessoa falecida).
  • Faça a verificação de segurança e clique em “Consultar”.
  • Caso a consulta encontre dinheiro a ser resgatado, continue para o passo a passo da solicitação de resgate dos valores.

Como solicitar o resgate

  • Entre no site do Banco Central, no link valoresareceber.bcb.gov.br.
  • Clique em “Acesse o Sistema de Valores a Receber”.
  • Se não houver fila de espera, o usuário será direcionado para a página de login. É preciso fazer login com a conta gov.br do herdeiro/inventariante que está acessando o sistema, e não a conta do falecido. A conta precisa ser de nível prata ou ouro.
  • Acesse a opção “Valores para Pessoas Falecidas” dentro do sistema.
  • Digite o CPF e a data de nascimento da pessoa falecida.
  • Leia e aceite o Termo de Responsabilidade de consulta a dados de terceiros, para confirmar que está autorizado a realizar a consulta por ser herdeiro(a), testamentário(a), inventariante ou representante legal da pessoa falecida. Só pessoas em uma dessas condições estão autorizadas a solicitar o resgate dos valores.
  • Ao seguir esses passos, o usuário deverá ver na tela a faixa do valor a receber, o nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor.
  • Para solicitar o resgate, o usuário deverá entrar em contato diretamente com a instituição, por meio dos dados de contato fornecidos no sistema, e perguntar sobre a documentação necessária para receber o valor da pessoa falecida. O resgate será feito de acordo com o que for combinado com a instituição financeira.
  • O usuário poderá exibir o comprovante, que contém as informações sobre o valor a receber em nome da pessoa falecida. É possível salvar, imprimir ou compartilhar o comprovante.

Alerta

O BC recomenda que não se faça nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores. A instituição não envia links nem entra em contato com o beneficiário para tratar sobre valores a receber nem para confirmar dados pessoais. Os serviços de valores a receber são totalmente gratuitos.

“Somente a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode te contatar, e ela nunca vai pedir sua senha. Não clique em links suspeitos enviados por email, SMS, WhatsApp ou Telegram”, orienta o BC.

Valores esquecidos no geral
Do total de R$ 7,3 bilhões, a maior fatia das cifras a receber, que corresponde a R$ 5,8 bilhões, é de pessoas físicas, cujo total de beneficiários é de 37.486.211. Já as pessoas jurídicas deixaram R$ 1,4 bilhão e somam 2.882.693 CNPJs.

Até o momento, já foram devolvidos R$ 4,7 bilhões, dos quais R$ 3,4 bilhões para pessoas físicas e R$ 1,2 bilhão para pessoas jurídicas.

Os bancos são os maiores detentores do dinheiro esquecido, reunindo R$ 4,2 bilhões, seguidos pelas administradoras de consórcios, com cerca de R$ 2,1 bilhões; cooperativas, com R$ 639,4 milhões; financeiras, com R$ 104,2 milhões; e instituições de pagamento, com R$ 97,9 milhões. Outros tipos de instituição somam R$ 10,9 milhões.

De fevereiro a julho, o dado mais atualizado do Banco Central, o volume de recursos disponíveis para resgate passou de R$ 6 bilhões para os atuais R$ 7,3 bilhões. A maior parte dos beneficiários, que somam 28,8 milhões, tem a receber valores que chegam a R$ 10. Os beneficiários que somam valores entre R$ 10,01 e R$ 100 são 11,6 milhões.

Já os que têm valores a receber entre R$ 100,01 e R$ 1.000 somam 4,6 milhões. Os beneficiários cujos valores a receber passam de R$ 1.000,01 chegam a 815.130.

Fonte: r7

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