Dois atores foram baleados após serem confundidos com criminosos na gravação de um filme, na tarde de domingo (9), no bairro de Cosme de Farias, em Salvador. Segundo a Polícia Militar, eles usavam réplicas de arma de fogo sem a devida identificação.
As armas usadas na gravação não tinham pontas em coloração laranja, como é orientado pela legislação federal por se tratar de réplicas. A corporação também não tinha sido comunicada da gravação do filme.
Os dois artistas, que foram atingidos no rosto e na região das nádegas, foram levados para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde estão internados. Não há detalhes sobre o estado de saúde deles.
A PM informou que os agentes da 58ª Companhia Independente (CIPM) foram acionados para dar apoio a equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) na Rua São Domingos, que atenderiam uma ocorrência no bairro.
Ao chegarem ao local, os militares encontraram cerca de 10 homens que estariam armados. Os policiais dispararam contra eles, e o grupo correu para se proteger dos tiros.
De acordo com a PM, um dos homens foi alcançado e detido pelos policiais, com duas réplicas de pistola. Aos agentes, ele contou que participava de uma filmagem. Foram encontradas 25 réplicas de armas, como pistolas, submetralhadoras, fuzis e carregadores, além de um rádio comunicador.
A PM explicou que as armas falsas foram apreendidas e levadas para uma delegacia junto com o homem. A TV Bahia entrou em contato com a Polícia Civil para saber se ele foi liberado, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Rodrigo Batista, diretor do grupo Fatos de Favela, responsável pelo filme, explicou a situação nas redes sociais. Segundo o profissional, um dos artistas foi atingido no rosto e o outro na região das nádegas.
Conforme Rodrigo Batista, os policiais chegaram no local após o grupo terminar a gravação do filme e retirar os banners que sinalizavam a filmagem.
“Fala, família, quem acompanha a gente sabe que o Fatos de Favela traz a realidade e não quer que ninguém entre e se acabe com as drogas. A gente recolheu os banners e fomos guardar as armas em uma caixa”, relatou.
Segundo o diretor, neste momento os policiais chegaram.
Rodrigo Batista admitiu que o grupo errou ao guardar as réplicas das armas no meio da rua.
“Não estou aqui para julgar os atores e os policiais. Os policiais não tiveram culpa, foi um desacerto da gente. Infelizmente fomos guardar as armas airsoft em um local que era passagem, faltou atenção nossa”.
Fonte: G1