Esporte Entenda em cinco passos como o Palmeiras entrou em crise no momento mais crítico do ano Redação2 de agosto de 2024076 visualizações A derrota para o Flamengo na Copa do Brasil aprofundou a má fase do Palmeiras no início do momento mais crítico da temporada. A ponto de membros da Mancha Alviverde invadirem a Academia de Futebol na tarde de quinta-feira. Com três derrotas seguidas, o Verdão abre o mês de agosto com definições de vagas nas quartas de final da Copa do Brasil, Conmebol Libertadores, além do Brasileirão. O clima é de crise, com pedido de jogadores como Raphael Veiga para que o grupo “dê a cara a tapa”. Na disputa de três competições, o Verdão tem pouco tempo para se reencontrar, pois já enfrenta o Internacional, domingo, pelo Brasileirão, e na próxima quarta recebe o Flamengo, tendo de reverter os 2 a 0 sofridos no Maracanã. Daqui a duas semanas, virá o Botafogo, pela Libertadores. O ge lista abaixo os cinco pontos que levaram o Palmeiras a um dos piores momentos na era Abel Ferreira às vésperas da sequência que pode definir o ano na Academia de Futebol. A ausência de EstêvãoA partir da saída de Endrick, Estêvão passou a assumir o protagonismo no Palmeiras. Quando ele foi fixado como titular na ponta direita, o time cresceu de rendimento, e o jovem de 17 anos se tornou uma estrela. Entrosado com Raphael Veiga, com sete gols e cinco assistências na temporada, o camisa 41 vivia grande momento até sofrer entorses no joelho e tornozelo esquerdos durante a derrota para o Botafogo, no último dia 17. O problema não foi grave, mas o tirou do triunfo contra o Cruzeiro e da derrota para o Fluminense. Recuperado, começou jogando diante do Vitória e voltou a ter um entorse no tornozelo esquerdo. Sem um jogador de mesmas características no elenco, o Verdão sente muita falta do jovem, negociado com o Chelsea, da Inglaterra. O clube não dá prazo para sua volta, mas há o risco de que ele ainda não esteja disponível no segundo duelo com o Flamengo. Ataque em baixaDiante da ausência do seu jogador mais criativo, o Palmeiras vive um momento de pouca clareza ofensiva. Foram apenas dois gols nos últimos cinco jogos e chances escassas. Flaco López é o artilheiro da temporada, com 16 gols, mas Abel o deixou na reserva na partida contra o Flamengo, optando por Rony. Só que com a estratégia muito defensiva adotada pelo português, o camisa 10 pouco tocou na bola. Os números na derrota para o Flamengo deixam clara a diferença entre as equipes no Maracanã. Enquanto os donos da casa tiveram 17 finalizações, o Palmeiras criou apenas duas. E nenhuma acertou a direção do gol. Reforços ainda não encaixaramA janela do meio de ano do Palmeiras teve contratações importantes: o lateral-direito Giay e os meia-atacantes Maurício e Felipe Anderson. Eles passaram a ter condições de jogo na segunda quinzena do mês de julho. Dos três, o último é o que foi mais usado como titular, mas ainda de maneira tímida nestes cinco jogos (três como titular). Escalado como meia pela esquerda, o camisa 9 tem sofrido com a queda de desempenho coletivo. Já Maurício recebeu chances especialmente entrando durante o segundo tempo; seu único jogo como titular foi a derrota para o Vitória. Com desempenho discreto, deve começar jogando de novo no fim de semana, pois não pode atuar na Copa do Brasil, competição em que já defendeu o Inter. Giay foi o último a estrear. Titular quando Abel lançou uma equipe modificada contra o Vitória, foi mantido diante do Flamengo e teve muitas dificuldades para marcar no lado direito. Ficou longe nas duas apresentações do que estava fazendo no San Lorenzo, da Argentina. Falta de confiança e má fase técnicaAbel Ferreira bateu na tecla de que os jogadores estão em um momento sem confiança, o que consequentemente afeta o desempenho individual dos atletas. Isto tem se demonstrado não apenas na má fase ofensiva, mas também na defesa. Gustavo Gómez, capitão e um dos jogadores mais seguros da equipe, errou um passe sozinho na origem do segundo gol do Flamengo. – Tem que reconhecer, eu sou o primeiro a assumir as coisas e acho que se a gente ganhou tudo o que a gente ganhou junto, a gente vai sair disso junto como equipe com personalidade, coragem e dando a cara a tapa – resumiu Raphael Veiga. Além da queda de confiança pelos resultados recentes, há a necessidade de fazer jogadores ganharem segurança em campo depois de lesões. É o caso de Dudu, que voltou depois de uma cirurgia no joelho que o deixou nove meses fora do gramado e ainda não entrou no ritmo ideal. Mayke, Murilo e Lázaro são outros nomes que tiveram problemas físicos recentes mais leves, mas voltaram há pouco do departamento médico. Falta de sintonia entre Abel e elencoA comissão técnica não tem conseguido extrair o que espera do time nos últimos jogos. Sábado passado, contra o Vitória, Abel Ferreira adotara um discurso duro, cobrando pelo desempenho do time na derrota no Allianz Parque. A expectativa era de uma reação na quarta-feira, o que não aconteceu. As mudanças feitas para o jogo acabaram fazendo o nível cair mais, e o Verdão foi presa fácil no Maracanã. Diante da dificuldade para encontrar o time ideal, a expectativa é de que o Palmeiras enfrente o Flamengo com uma escalação diferente no Allianz Parque. Será mais uma tentativa de Abel para recuperar o desempenho. – O Flamengo não tem desfalque. O Palmeiras é o oposto, não estamos na confiança. Não estamos também com o elenco enxuto e recuperado. Temos que esperar que isso resolva, que o departamento médico resolva – declarou o técnico. – É estarmos juntos, unidos, porque esses jogadores são os que nos deram tudo e vêm dando. Queremos ter toda a equipe de volta – completou. Fonte: GE