Entenda em cinco passos como o Palmeiras entrou em crise no momento mais crítico do ano

A derrota para o Flamengo na Copa do Brasil aprofundou a má fase do Palmeiras no início do momento mais crítico da temporada. A ponto de membros da Mancha Alviverde invadirem a Academia de Futebol na tarde de quinta-feira.

Com três derrotas seguidas, o Verdão abre o mês de agosto com definições de vagas nas quartas de final da Copa do Brasil, Conmebol Libertadores, além do Brasileirão. O clima é de crise, com pedido de jogadores como Raphael Veiga para que o grupo “dê a cara a tapa”.

Na disputa de três competições, o Verdão tem pouco tempo para se reencontrar, pois já enfrenta o Internacional, domingo, pelo Brasileirão, e na próxima quarta recebe o Flamengo, tendo de reverter os 2 a 0 sofridos no Maracanã. Daqui a duas semanas, virá o Botafogo, pela Libertadores.

O ge lista abaixo os cinco pontos que levaram o Palmeiras a um dos piores momentos na era Abel Ferreira às vésperas da sequência que pode definir o ano na Academia de Futebol.

  1. A ausência de Estêvão
    A partir da saída de Endrick, Estêvão passou a assumir o protagonismo no Palmeiras. Quando ele foi fixado como titular na ponta direita, o time cresceu de rendimento, e o jovem de 17 anos se tornou uma estrela.

Entrosado com Raphael Veiga, com sete gols e cinco assistências na temporada, o camisa 41 vivia grande momento até sofrer entorses no joelho e tornozelo esquerdos durante a derrota para o Botafogo, no último dia 17.

O problema não foi grave, mas o tirou do triunfo contra o Cruzeiro e da derrota para o Fluminense. Recuperado, começou jogando diante do Vitória e voltou a ter um entorse no tornozelo esquerdo.

Sem um jogador de mesmas características no elenco, o Verdão sente muita falta do jovem, negociado com o Chelsea, da Inglaterra. O clube não dá prazo para sua volta, mas há o risco de que ele ainda não esteja disponível no segundo duelo com o Flamengo.

  1. Ataque em baixa
    Diante da ausência do seu jogador mais criativo, o Palmeiras vive um momento de pouca clareza ofensiva. Foram apenas dois gols nos últimos cinco jogos e chances escassas.

Flaco López é o artilheiro da temporada, com 16 gols, mas Abel o deixou na reserva na partida contra o Flamengo, optando por Rony. Só que com a estratégia muito defensiva adotada pelo português, o camisa 10 pouco tocou na bola.

Os números na derrota para o Flamengo deixam clara a diferença entre as equipes no Maracanã. Enquanto os donos da casa tiveram 17 finalizações, o Palmeiras criou apenas duas. E nenhuma acertou a direção do gol.

  1. Reforços ainda não encaixaram
    A janela do meio de ano do Palmeiras teve contratações importantes: o lateral-direito Giay e os meia-atacantes Maurício e Felipe Anderson. Eles passaram a ter condições de jogo na segunda quinzena do mês de julho.

Dos três, o último é o que foi mais usado como titular, mas ainda de maneira tímida nestes cinco jogos (três como titular). Escalado como meia pela esquerda, o camisa 9 tem sofrido com a queda de desempenho coletivo.

Já Maurício recebeu chances especialmente entrando durante o segundo tempo; seu único jogo como titular foi a derrota para o Vitória. Com desempenho discreto, deve começar jogando de novo no fim de semana, pois não pode atuar na Copa do Brasil, competição em que já defendeu o Inter.

Giay foi o último a estrear. Titular quando Abel lançou uma equipe modificada contra o Vitória, foi mantido diante do Flamengo e teve muitas dificuldades para marcar no lado direito. Ficou longe nas duas apresentações do que estava fazendo no San Lorenzo, da Argentina.

  1. Falta de confiança e má fase técnica
    Abel Ferreira bateu na tecla de que os jogadores estão em um momento sem confiança, o que consequentemente afeta o desempenho individual dos atletas.

Isto tem se demonstrado não apenas na má fase ofensiva, mas também na defesa. Gustavo Gómez, capitão e um dos jogadores mais seguros da equipe, errou um passe sozinho na origem do segundo gol do Flamengo.

– Tem que reconhecer, eu sou o primeiro a assumir as coisas e acho que se a gente ganhou tudo o que a gente ganhou junto, a gente vai sair disso junto como equipe com personalidade, coragem e dando a cara a tapa – resumiu Raphael Veiga.

Além da queda de confiança pelos resultados recentes, há a necessidade de fazer jogadores ganharem segurança em campo depois de lesões.

É o caso de Dudu, que voltou depois de uma cirurgia no joelho que o deixou nove meses fora do gramado e ainda não entrou no ritmo ideal. Mayke, Murilo e Lázaro são outros nomes que tiveram problemas físicos recentes mais leves, mas voltaram há pouco do departamento médico.

  1. Falta de sintonia entre Abel e elenco
    A comissão técnica não tem conseguido extrair o que espera do time nos últimos jogos. Sábado passado, contra o Vitória, Abel Ferreira adotara um discurso duro, cobrando pelo desempenho do time na derrota no Allianz Parque.

A expectativa era de uma reação na quarta-feira, o que não aconteceu. As mudanças feitas para o jogo acabaram fazendo o nível cair mais, e o Verdão foi presa fácil no Maracanã.

Diante da dificuldade para encontrar o time ideal, a expectativa é de que o Palmeiras enfrente o Flamengo com uma escalação diferente no Allianz Parque. Será mais uma tentativa de Abel para recuperar o desempenho.

– O Flamengo não tem desfalque. O Palmeiras é o oposto, não estamos na confiança. Não estamos também com o elenco enxuto e recuperado. Temos que esperar que isso resolva, que o departamento médico resolva – declarou o técnico.

– É estarmos juntos, unidos, porque esses jogadores são os que nos deram tudo e vêm dando. Queremos ter toda a equipe de volta – completou.

Fonte: GE

Notícias Relacionadas

Ex-capitã da seleção da Inglaterra choca ao revelar ‘salário de fome’ que recebia em um dos times mais ricos da Premier League

São Paulo prevê apresentar projeto do novo Morumbis no começo de 2025 e pode buscar investidores

Torcedores do Peñarol causam barbárie no Recreio, com veículos incendiados e quiosque depenado; 200 são detidos 1 hora depois