Entenda por que o PM acusado de matar o lutador Leandro Lo pode receber o salário mesmo preso

Mesmo preso, o policial militar Henrique Velozo, acusado de matar a tiros o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo em agosto do ano passado, voltará a receber o salário, após pedido da defesa dele, que foi aceito pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

A dúvida que essa decisão da Justiça gerou foi: se o policial não está trabalhando por estar preso, por que ele tem o direito de continuar recebendo o salário? Entenda.

Em entrevista ao R7, o advogado criminal Roberto Guastelli explicou que, provavelmente, os advogados de Velozo entraram com ação judicial alegando que, como ainda não houve sentença condenatória, o agente ainda tem direito a receber o salário.

“O que pode ter ocorrido é que, diante da decisão do governo de São Paulo de suspender o salário dele, a defesa ingressou com essa ação, que foi aceita pela Justiça”, afirmou o especialista.

Os advogados Cláudio Dalledone e Tiago Binati, que representam o policial, ainda pediram que os pagamentos dos salários não pagos desde que ele foi preso, sejam entregues ao acusado.

A suspensão da entrega do dinheiro havia sido publicada no dia 10 de agosto, três dias após o crime, pelo governo de São Paulo no Diário Oficial do Estado.

A Justiça estabeleceu um prazo de até cinco dias para que o tenente volte a receber o pagamento.

Procurado pela reportagem, o TJ-SP não quis se manifestar sobre o assunto, alegando que “o processo tramita em segredo de Justiça”.

Julgamento
A audiência para dar andamento ao processo de Henrique Velozo, que é réu por homicídio triplamente qualificado, está marcada para a próxima sexta-feira (24).

O policial, mesmo tendo confessado que matou Leandro Lo, não foi expulso da corporação. O advogado Roberto Guastelli explica que, para que isso ocorra, ele precisa de um processo administrativo.

Fonte: r7

Notícias Relacionadas

Força-tarefa identifica e procura segundo suspeito de participar da execução de delator do PCC

Mulher que estava com estudante no hotel em que ele foi morto diz ter medo de sofrer retaliação e cita ‘falta de preparo’ de PMs

Mortes pela PM de SP aumentam 46% em 2024, segundo ano da gestão Tarcísio