Saúde Estado de SP registra 315 casos de Mpox entre janeiro e julho de 2024; alta de 257% em relação ao ano anterior Redação15 de agosto de 2024031 visualizações O estado de São Paulo registrou nos primeiros sete meses de 2024 pelo menos 315 casos confirmados de Mpox (antiga varíola dos macacos), segundo os dados da secretaria estadual da Saúde (SES). De acordo com a pasta, entre janeiro e julho deste ano o número de casos da doença cresceu 257% em relação ao mesmo período de 2023, quando 88 casos da doença foram registrados no estado. Apesar disso, os números de 2024 estão bem abaixo do registrado em 2022, primeiro ano da doença, quando 4.129 casos de Mpox foram registrados no estado durante todo o ano. Em todo o Brasil foram notificados em 2024 ao menos 709 casos confirmados ou prováveis da doença, segundo o Ministério da Saúde. O número é significativamente menor em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no Brasil, segundo a pasta. Desde 2022, foram registrados 16 óbitos no país pela doença, sendo o mais recente em abril de 2023, disse o órgão federal. A pasta diz que já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil, assim que soube que a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a mpox é, mais uma vez, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). “O Ministério da Saúde instalará, a partir desta quinta-feira (15), um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à Mpox. Desde 2023, o Brasil apresenta estabilidade de casos. Desde a ESPII anterior para Mpox, declarada pela OMS em julho de 2022 e encerrada em maio de 2023, a vigilância para a doença se manteve como prioridade no Ministério da Saúde, que vinha monitorando atentamente a situação mundial e as informações compartilhadas pela OMS e outras instituições”, disse o ministério. “A vacinação contra a Mpox foi iniciada em 2023, durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, com o uso provisório da vacina liberado pela Anvisa, priorizando a proteção das pessoas com maior risco de evolução para formas graves da doença. Desde o início da vacinação, mais de 29 mil doses foram aplicadas”, afirmou o governo federal. Alerta da OMS Nesta quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a mpox é, mais uma vez, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O mais alto nível de alerta da organização havia sido declarado para o surto da “varíola dos macacos”, como era então conhecida a doença, no final de julho de 2022. Somente em maio de 2023 que a organização decidiu rebaixar seu status, por causa da diminuição global do número de casos (como também aconteceu com a Covid). Agora a preocupação é com a rápida propagação da mpox – numa variante nova – que vem acontecendo no continente africano, em especial na República Democrática do Congo (RDC), país que vem registrando somente este ano quase 14 mil casos, incluindo 450 mortes, segundo o último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, o Africa CDC (entenda mais abaixo). Fora da África, até o momento, “o surto continua com um baixo nível de transmissão”, afirmou a OMS. “A OMS está comprometida em coordenar a resposta global nos próximos dias e semanas, trabalhando em estreita colaboração com cada um dos países afetados e alavancando nossa presença local para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da organização nesta quarta-feira. No momento, a avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o Brasil é baixo. Atualmente, há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença. No entanto, nenhuma delas está sendo usada de forma ampla no país. Especialistas sugerem a vacinação principalmente em casos de contato com infectados, para evitar surtos – como o do RDC. Uma campanha de vacinação em massa é improvável, a menos que ocorra uma grande emergência sanitária global. Essas ações são consideradas cruciais para proteger os grupos mais vulneráveis. Ao g1, o Ministério da Saúde disse que “caso novas evidências demonstrem a necessidade de alterações no planejamento, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas” sobre a imunização contra a doença. Fonte: G1