Ex-panicat ganha 2 mil seguidores após ser presa por dirigir embriagada e chutar PM em Campinas

A ex-panicat Ana Paula Leme, presa por embriaguez ao volante, resistência, desacato, ameaça e injúria em Campinas (SP), ganhou pelo menos 2 mil seguidores nas redes sociais depois do episódio.

No dia da ocorrência, quando foi flagrada chutando um PM, no sábado (20), a modelo tinha 175 mil seguidores no Instagram. O número chegou a 177 mil na noite desta segunda (22).

Aos 47 anos, Ana Paula Leme ganhou fama como modelo, tendo posado como capa da revista Playboy e participado do extinto programa Pânico.

A ex-panicat cursou jornalismo na jornalismo na PUC-Campinas, participou da 1ª edição do reality show Casa Bonita, que foi ao ar no Multishow, e foi eleita Miss Reef Brasil, além de ter participado do Concurso Sereias.

Também manteve por um período uma conta em uma plataforma de venda de conteúdo adulto.

Na noite de segunda, a modelo fez sua primeira postagem nas redes sociais, compartilhando uma frase pronta e um agradecimento.

Ana Paula foi presa no sábado (20) e chegou a ser encaminhada para a Cadeia Feminina de Paulínia, mas no dia seguinte pagou fiança de um salário mínimo para ser liberada e responder pelo caso em liberdade. Um vídeo mostra o momento em que ela chutou um policial militar (assista acima).

A funcionária de uma loja de conveniência no bairro Cambuí que relatou a policiais ter sido xingada e humilhada pela ex-panicat contou, em entrevista à EPTV, que a modelo a ameaçou e chamou de “pobre e vaca gorda”.

Raissa de Godoy Uschoa afirmou que, já na delegacia, a modelo a ameaçou de morte. “Ela continuou xingando, falando palavras bem obscenas que estava bem desagradável para todo mundo. Lá dentro ela me ameaçou, falou que quando saísse de lá ia acabar com a minha vida, ia cancelar meu CPF”.

O g1 tenta contato com Ana Paula desde a tarde de domingo (21) por e-mail e também pelas redes sociais, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Chute na genitália
As imagens registraram o momento em que Ana Paula discutia com dois policiais homens. Em seguida, um dos agentes a levou, algemada, para a viatura e o outro, que estava em frente a ela, tomou um chute na genitália.

Após colocá-la na viatura, o policial militar atingido ainda se agachou e parecia sem dores. O caso ocorreu por volta de 21h na loja de conveniência de um posto de combustíveis na Rua Maria Monteiro, no bairro Cambuí, área nobre de Campinas.

Segundo o relato de uma funcionária do local no boletim de ocorrência, Ana Paula chegou dirigindo um Jeep Renegade, já com sinais de embriaguez, e pediu uma cerveja.

Depois de tomar três cervejas, ela pediu um salgado, mas disse que estava ruim e teria jogado na mesa, exigindo a troca. As funcionárias dizem ter dado outro para ela, mas a modelo repetiu o feito e afirmou que não pagaria por nada.

Ao sair da loja, a ex-panicat foi seguida por uma das funcionárias, que disse que Ana Paula não poderia sair sem pagar. Nesse momento, a suspeita teria xingado a funcionária da loja de “vaca gorda”. A funcionária, então, acionou a Polícia Militar (PM).

Agressão a PM
Os policiais militares afirmaram que Ana Paula negou que sairia sem pagar ou que xingou a funcionária e também não quis apresentar documento de identificação à equipe. Depois de informar o RG, ela teria dito para um dos policiais “comer aquela vaga gorda”.

Ao ouvir a voz de prisão, Ana Paula teria chutado o policial. Então, foi colocada na viatura da PM e chutou também o compartimento onde são colocadas as pessoas detidas.

Já na delegacia, Ana Paula teria ofendido policiais civis e militares, segundo o boletim de ocorrência. Ela passou por exame de embriaguez, ao qual o g1 não teve acesso até a publicação desta reportagem.

A Polícia Civil decidiu por indiciar a mulher por desacato, injúria, embriaguez ao volante, ameaça e resistência. Ela foi encaminhada para a Cadeia Feminina de Paulínia.

Segundo o Tribunal de Justiça do estado de São Paulo (TJ-SP), Ana Paula foi liberada no sábado (21) após passar por audiência de custódia e pagar fiança no valor de um salário mínimo.

Fonte: G1

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