Brasil Política Exoneração de ex-assessor de Lira investigado em operação da PF é publicada no Diário Oficial Redação6 de junho de 2023063 visualizações O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), exonerou o assessor Luciano Cavalcante do gabinete da liderança do PP na Casa. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (6). Alvo de operação da Polícia Federal que investiga fraudes na compra de kits de robótica, Cavalcante já foi assessor de Lira. A exoneração dele já havia sido assinada na sexta-feira (2) e publicada no Boletim Administrativo da Câmara nessa segunda (5), mas só saiu no Diário Oficial na manhã desta terça. Ele recebia R$ 14,7 mil como secretário particular na liderança do PP na Casa. Além disso, é presidente do diretório do União Brasil em Alagoas. Cavalcante foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na última quinta-feira (1º), que investiga um grupo suspeito de fraude de R$ 8,1 milhões em licitação, além de lavagem de dinheiro na compra de kits de robótica. Durante a ação, uma mala com dinheiro supostamente destinado a ele foi encontrada na casa de um policial civil. Além disso, a PF apreendeu cerca de R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo na casa de um dos investigados pela operação. Operação HefestoDe acordo com a PF, contratações feitas com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora de equipamentos de robótica, por meio da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos concursos e do cerceamento à participação plena de outros licitantes. Além dos mandados, foram determinados o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, no valor de R$ 8,1 milhões, e a suspensão de processos licitatórios e contratos administrativos celebrados entre a empresa fornecedora investigada e os municípios alagoanos que receberam recursos do FNDE para a aquisição de equipamentos de robótica. A investigação identificou ainda que foram realizadas, pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados, movimentações financeiras para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica — o que pode indicar a ocultação e a dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas. De acordo com a PF, algumas dessas transações eram fracionadas em valores individuais abaixo de R$ 50 mil, com o fim, aparentemente, de burlar o sistema de controle do Banco Central. Em seguida, seriam realizados saques em espécie e entregas aos destinatários. Fonte: r7