Exportações de frango do RS estão suspensas para todo o mundo, diz Fávaro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou as exportações de carne de frango e demais produtos avícolas das empresas do Rio Grande do Sul estão suspensas para todo mundo a partir desta sexta-feira (16/5). A medida atende aos protocolos sanitários do Brasil com os países importadores a partir da confirmação do primeiro caso de gripe aviária em granja comercial brasileira, em Montenegro (RS).

“Para todos os países do mundo há uma suspensão imediata”, afirmou à reportagem. Em casos como a China, a suspensão vale para todo o país. Ainda não há estimativas oficiais de impacto econômico desse episódio, com o extermínio das aves na granja gaúcha e o fechamento temporário de mercados externos.

“Infelizmente, com a China não deu tempo de atualizar o protocolo. Esperamos que, ao final deste foco, eles voltem a comprar a carne brasileira em poucos dias”, completou.

A expectativa de Fávaro é que o caso possa ser solucionado rapidamente e o Brasil consiga restabelecer o fluxo comercial antes de 60 dias, período em que a região onde o foco foi confirmado está em emergência zoossanitária.

“Achamos possível, com transparência, estabelecer fluxo normal de comércio, inclusive com a China, antes dos 60 dias”, afirmou.

Fávaro disse que já conversou com as lideranças do setor avícola e com os CEOs das principais empresas do ramo. “Estão todos em alerta, mas reportando e dando tranquilidade aos seus clientes e consumidores”, disse. Segundo o ministro, há confiança no setor que o caso será solucionado o mais breve possível. “É o sentimento que colhi desses empresários das grandes indústrias”, completou.

O governo brasileiro já comunicou oficialmente a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) sobre o episódio e está adotando as medidas sanitárias necessárias na região de Montenegro.

Por ora, o ministro não vai ao Rio Grande do Sul. Ele seguirá em contato com os secretários das áreas de Defesa Agropecuária e Comércio e Relações Internacionais para monitorar os desdobramentos.

Fávaro disse que a entrada do vírus em granjas comerciais era “inevitável”, mas que o trabalho das equipes técnicas do ministério e dos governos estadual e municipal vai tentar impedir que a doença se espalhe para outras regiões.

“Uma hora ia chegar, era inevitável. O foco agora é não deixar espalhar”, afirmou à reportagem.

Ele salientou a qualidade do sistema sanitário brasileiro que conseguiu impedir a entrada do vírus da influenza aviária em estabelecimentos comerciais por dois anos. O primeiro foco da doença em aves silvestres no país, no litoral do Espírito Santo, ocorreu em maio de 2023.

“Em todos os lugares do mundo, depois que o vírus chegou através de animais silvestres, em poucos dias adentrou em granjas comerciais. O Brasil é tão eficiente que conseguimos segurar dois anos”, disse. “Nesse período, trabalhamos na blindagem da entrada do vírus em granjas e na revisão dos protocolos sanitários”, pontuou.

Segundo Fávaro, já foi realizada a rastreabilidade da produção dos ovos da granja onde a gripe aviária foi detectada. “Ao rastrear, os ovos serão inutilizados. Vamos intensificar a fiscalização em toda região e, ao menor sintoma ou alerta, os procedimentos avançam na inutilização, para exterminar o foco”, completou.

Fonte: GLOBO RURAL

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