Expulsões à parte, São Paulo tem motivos para deixar o Mineirão satisfeito

por Redação

O técnico Luis Zubeldía parece ter encontrado o esquema que considera ideal para o São Paulo com as peças que tem à disposição neste momento. Com três zagueiros, mas um deles na lateral direita, o Tricolor foi bem no empate em 0 a 0 com o Atlético-MG, no último domingo, no Mineirão, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

Principalmente no primeiro tempo, o São Paulo controlou o Atlético-MG. Criou algumas chances, mas, independentemente disso, conseguiu neutralizar as principais armas dos donos da casa. Não deu espaços para Rony, Scarpa, Hulk… Pelos lados, ainda chegou com perigo e esbarrou na falta de capricho no último passe, um problema recorrente para o Tricolor.

Sem Oscar e Lucas, dois dos principais jogadores na parte ofensiva do campo, o São Paulo encontra dificuldades para criar jogadas pelo meio. Luciano, titular no Mineirão, não tem características de armação. Atacante de origem, ele tem problemas para circular a bola, procurar companheiros e construir lances. É um finalizador fora de sua posição natural.

Mesmo com o problema na criação, o São Paulo soube se organizar para dominar o Atlético-MG no primeiro tempo no Mineirão. A entrada de André Silva no lugar de Calleri aumentou o poder de circulação de bola no campo ofensivo do Tricolor. Marcos Antônio, Wendell e Alisson foram importantes para isso.

Pelo segundo jogo consecutivo o São Paulo entrou em campo com uma nova formação. Apesar de, no papel, ter três zagueiros, o Tricolor foi escalado novamente num 4-2-3-1, com Ferraresi funcionando como um lateral-direito. Cédric, o lateral de ofício por aquele lado, já havia atuado como ponta direita contra o Talleres, na quarta-feira, e repetiu o posicionamento contra o Atlético-MG.

Desta maneira, o São Paulo ganha segurança ofensiva pelo lado direito, que vinha sendo um problema, e não perde ofensividade. Esse era um dilema enfrentado por Zubeldía nas últimas semanas: corrigia buracos na defesa e passava a ter deficiências no ataque. Desta maneira, o treinador do Tricolor encontrou mais equilíbrio.

No segundo tempo, o São Paulo não conseguiu repetir o nível de atuação, mas é preciso contextualizar. O técnico Luis Zubeldía foi expulso na reta final da etapa inicial, por pedir a expulsão do zagueiro Lyanco, e o atacante Calleri, que havia entrado há 13 minutos, também recebeu o cartão vermelho depois do intervalo.

As expulsões, principalmente a de Calleri, mexeram com o Tricolor. Com um a menos, o São Paulo precisou recuar e não atacou mais. Conseguiu segurar a pressão do Atlético-MG graças às boas defesas do goleiro Rafael.

Mas expulsões à parte, o São Paulo conseguiu desempenhar bem no Mineirão. Depois de um empate frustrante com o Sport no Morumbis, o Tricolor volta de Belo Horizonte com um resultado igual, mas um sentimento diferente na bagagem.

Fonte: GE

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