Brasil Famílias se emocionam após descobrirem troca de bebês em hospital 3 anos depois do nascimento: ‘Choque muito grande’ Redação9 de dezembro de 2024029 visualizações Duas famílias se emocionaram após descobrirem a troca de bebês no Hospital da Mulher, em Inhumas, Região Metropolitana de Goiânia, 3 anos depois do nascimento deles. Os casais fizeram os exames que comprovaram que as crianças com quem convivem não são seus filhos. Em nota, a administração do Hospital da Mulher informou que está oferecendo todas as informações e documentos necessários para investigação e que tem todo interesse em esclarecer os fatos (confira a nota na íntegra ao final da matéria). A Polícia Civil investiga o caso. Os bebês nasceram no dia 15 de outubro de 2021, sendo um às 7h35 e o outro às 7h49, de acordo com as famílias. Os partos foram realizados por equipes médicas diferentes. Os pais afirmam que não puderam acompanhar o nascimento dos filhos por conta de restrições no período da pandemia de Covid-19. DecobertaTudo começou após um dos casais se separar, pois Cláudio Alves solicitou um exame de DNA para comprovar a paternidade do filho. A ex-mulher, Yasmin Kessia da Silva, de 22 anos, também quis fazer o exame. “Se ele não fosse filho do Cláudio, também não era meu”, disse. O exame foi realizado no dia 31 de outubro de 2024 e o laboratório pediu uma contraprova.Yasmin se lembrou da família que estava no mesmo dia do nascimento do filho e conseguiu contato com eles por meio de um pastor. Após ela entrar em contato e contar o que houve, Isamara Cristina Mendanha, de 26 anos, e Guilherme Luiz de Souza, 27 anos, também fizeram o exame de DNA com o filho, que apresentou incompatível. “Eles disseram que o sangue do meu filho não era compatível com o meu. Eu pensei que era um erro. Mas veio a contraprova”, disse Yasmin. As famílias ainda não têm a prova de que o filho biológico de Yasmin está com a família de Isamara. Ao g1, Cláudio afirmou que não fizeram a comprovação da paternidade dos pais biológicos porque precisa de autorização judicial. InvestigaçãoO delegado da Polícia Civil Miguel Mota informou que não vai se manifestar sobre o caso, pois está sob sigilo. Em nota, a Polícia Civil informou que “os envolvidos já foram ouvidos e o inquérito policial prossegue com diligências em andamento para esclarecer a dinâmica do fato e sua autoria” (confira a nota da Polícia Civil ao final da matéria). As famílias disseram que as mães não tiveram nenhum acompanhamento durante o parto. Elas só se lembram de ver os filhos no quarto, depois que passou o efeito da anestesia. Nenhuma delas se lembra se havia pulseiras de identificação nas crianças. “Eu acordei e o bebê já estava do meu lado, minha mãe estava dentro do quarto. Eu me lembro de relances”, narrou Yasmin Késsia da Silva. Ela disse que passou mal durante o parto e não se lembra do que aconteceu na sala de recuperação. Já Isamara disse que chegou ao quarto antes do bebê, que foi levado até ela logo em seguida. “Eu levei a primeira roupinha do meu primeiro filho para colocar no segundo. E para mim, veio tudo certo [a roupinha do bebê]”, contou. O marido de Isamara afirmou que sente que faltou cuidado e respeito com as famílias por parte do hospital, que recebeu a confiança deles. “É um pesadelo. Eu acho que ninguém deveria passar por isso. Esse é um erro que os profissionais da saúde jamais deveriam cometer”, afirmou Guilherme. Nota na íntegra do Hospital da Mulher“No momento o hospital não irá se pronunciar até que as investigações sejam concluídas. Como o caso está sob investigação policial e tramita em sigilo por envolver menores de idade, o hospital está legalmente impedido de fornecer informações acerca do caso à imprensa, em obediência à Lei Geral de Proteção de Dados.” Nota na íntegra da PC-GO“A Polícia Civil de Goiás informa que a Delegacia de Inhumas – 16ª DRP investiga possível crime previsto no artigo 229 do Estatuto da Criança e do Adolescente (deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a parturiente por ocasião do parto), em que dois bebês teriam sido trocados no hospital da cidade. O fato foi descoberto após um dos casais envolvidos resolver se separar, tendo feito exames de DNA que comprovaram que o filho não era biologicamente compatível com nenhum dos dois. Os envolvidos já foram ouvidos e o inquérito policial prossegue com diligências em andamento para esclarecer a dinâmica do fato e sua autoria.” Fonte: G1