O funcionário da CPTM acusado de ter matado e ferido outros dois colegas de trabalho a tiros no último domingo (25) se exonerou da Polícia Militar em 2006. Ele permanece foragido, e sua prisão temporária foi solicitada à Justiça.
Segundo a delegada Maria Cecília Castro Dias, a Polícia Civil realiza diligências para encontrar Ricardo de Oliveira Dias desde a tarde de domingo.
As equipes de investigação do 2° Distrito Policial do Bom Retiro tiveram ciência de que o suspeito tinha duas motos em seu nome, registradas na cidade de Pouso Alegre (MG).
Duas equipes se deslocaram até a residência de Dias no município, porém ele não foi localizado.
A família do atirador não soube dizer à Polícia Civil onde ele está, uma vez que o pai e o irmão dele souberam do crime horas mais tarde, após Dias enviar uma mensagem ao pai em que diz que “fez besteira”, segundo a delegada.
Dias foi policial militar durante um ano. De acordo com a Polícia Civil, ele teria optado por sair da corporação em 2006 após uma onda de ataques que ocorreu naquele ano.
Apesar da saída da corporação, em sua casa na capital paulista, mais de 2.000 munições foram encontradas, além de peças de armas. Ou seja, a princípio o ex-policial ainda tinha interesse em adquirir armamento.
A perícia vai analisar se a munição que atingiu as vítimas é a mesma que Dias possui em sua residência.
Além disso, também segundo a delegada, a polícia investiga se o crime foi premeditado, pois Dias, antes de atirar nas vítimas, deixou sua moto em um estacionamento na região da Mooca, longe do local de trabalho.
Ainda não se sabe se ocorreu uma discussão nem o motivo para que Dias disparasse contra as vítimas.
Uma linha de investigação apura se houve alguma brincadeira preexistente entre os funcionários que não tenha lhe agradado.
A família ficou surpresa com o caso, pois todos os parentes descrevem Dias como um homem calmo.
A delegada ainda afirma que, segundo a família, o atirador deveria se apresentar à Polícia Civil.
Fonte: r7