A Polícia Civil do RJ alerta para uma nova modalidade do Golpe do Pix, agora com aplicativos falsos de banco.
Segundo a 62ª DP (Imbariê), comerciantes são o alvo preferencial dos estelionatários. Uma das vítimas teve um prejuízo de R$ 19 mil.
Como é o Golpe do Pix 2.0
Na hora de pagar, o golpista abre o app fake, que se parece muito com o original do banco;
O app simula todas as telas do processo de transferência via Pix, com campos para destinatário, data e valor;
No fim, o programa falso gera o comprovante dessa “transação”, e o estelionatário o apresenta para o lojista e sai depressa, antes que a vítima perceba que foi um golpe — porque nada vai cair na conta dele.
O delegado Gabriel Poiava, titular da 62ª DP, pede que quem foi lesado procure a polícia.
“Caso você tenha sido vítima dessa fraude, procure uma delegacia, leve todas as informações que você tenha em relação ao suposto fraudador, inclusive esse comprovante falso. A gente faz o registro de ocorrência por estelionato e, certamente, a Polícia Civil tentará identificar os meios para conseguir prender essa organização criminosa”, disse.
Receptador foi preso
Um caso recente foi descoberto pela 12ª DP (Copacabana), e um homem foi preso por receptação.
O dono de uma loja de materiais de construção relatou um prejuízo de quase R$ 19 mil após atender a 4 pedidos on-line de um cliente que se identificou como “engenheiro Fernando Estevão”.
Em todas as vendas, o suposto engenheiro enviou comprovantes de Pix bastante parecidos com os de um banco, e o lojista acabou liberando as mercadorias para motoristas de aplicativos indicados pelo estelionatário. Só depois o dono do estabelecimento viu que era um golpe.
O “engenheiro” tornou a procurar a loja e fez um novo pedido, este de R$ 19 mil, mais uma vez apresentou um comprovante fake e avisou que um motorista iria buscar os produtos. O dono confirmou que nada tinha entrado em sua conta e chamou a polícia.
Uma equipe da 12ª DP seguiu o carro de aplicativo até o destinatário, que informou ter sido contratado por Carlos Alberto de Souza para receber a encomenda.
Carlos foi encontrado saindo de uma escola e alegou ter comprado os materiais do “engenheiro” em uma plataforma on-line, apesar de estranhar os preços baixos. Ele também confessou que revendia parte dos produtos em feiras locais.
Fonte: G1